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O México está em alerta com a chegada de Donald Trump à Casa Branca. Isso pode levar o país a ter que buscar novos mercados para suas exportações

O presidente mexicano Enrique Peña Nieto e o candidato republicano à Casa Branca Donald Trump apertam as mãos após reunião em agosto de 2016 na Cidade do México. (Foto: Reprodução)

O impacto da eleição de Donald Trump no México e a incerteza em torno do que pode acontecer agravam a preocupação com uma economia que já vinha frustrando analistas, apesar do crescimento. A posse do presidente Enrique Peña Nieto, em 2012, gerou grande expectativa em relação aos frutos das reformas que ele prometia. O país era um dos queridinhos do mercado há poucos anos.

Trump e  Peña Nieto se reuniram em agosto de 2016, quando o americano ainda fazia campanha como candidato, e falaram sobre o muro defendido por Trump, entre outros assuntos. Na ocasião, o presidente mexicano disse que deixou claro que seu país não pagará pela construção do muro, o que é proposto por Trump.

Após a posse de Trump, Peña Nieto reiterou suas saudações ao novo presidente americano e durante o telefonema “expressou a vontade de o México de trabalhar em uma agenda que beneficie os dois países, com um enfoque de respeito à soberania.”

No domingo (22), no entanto, Donald Trump anunciou que vai começar a renegociar o Nafta, o acordo de livre comércio entre os Estados Unidos, Canadá e México. O acordo está em vigor desde 1994 e prevê isenção de tarifas de importação, ou taxas muito baixas, para produtos dos três países.

“Alguém já ouviu falar no Nafta? Minha campanha foi um pouco baseada no Nafta. Nós vamos começar a renegociar o Nafta, além de questões de imigração e segurança de fronteira [com o México]”, revelou Trump em seu pronunciamento na Casa Branca.

Durante a campanha, Trump afirmou que o Nafta era “o pior acordo comercial já aprovado pelos EUA” e prometeu: “Ou nós renegociamos o acordo, ou nós o rompemos”. Caso isso ocorra, o México terá de buscar novos mercados.

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