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O Ministério da Saúde ampliou a lista de medicamentos gratuitos disponíveis no Sistema Único de Saúde, o SUS

Quatro ações discutem se poder público deve ser obrigado a fornecer medicamentos. (Foto: EBC)

Quem toma medicamentos periodicamente sabe que o gasto pesa no orçamento. Como forma de facilitar o acesso a medicamentos de primeira necessidade, o Ministério da Saúde atualizou a lista de medicamentos do SUS (Sistema Único de Saúde). A lista de 2017 conta 869 itens.

A composição da Rename 2017 – Relação Nacional de Medicamentos Essenciais segue orientação da Organização Mundial de Saúde. A lista divide os medicamentos em cinco categorias: básicos, estratégicos, especializados, insumos e hospitalar.

Entre os novos medicamentos é possível destacar a inclusão do dolutegravir, como uma nova alternativa de tratamento da infecção pelo HIV. Para essa mesma condição foram excluídas apresentações de fosaprenavir e didanosina. Também foi excluída a apresentação termolábil do medicamento ritonavir, dado o fornecimento de uma apresentação termoestável do mesmo fármaco, que não exige o acondicionamento em geladeira.

Houve também a inclusão da rivastigmina, um adesivo transdérmico para o tratamento de pacientes com demência leve e moderadamente grave no Alzheimer. Também foi incluído no rol de medicamentos o cloridrato de cinacalcete e paracalcitol, para pacientes com hiperparatireoidismo secundário à doença renal crônica. Houve também a inclusão da ceftriaxona para tratamento de sífilis e gonorreia resistentes à ciproflaxacina.

Câncer de próstata e de bexiga

A Anvisa (Agência Nacional de Vigilância Sanitária) publicou nesta segunda-feira (20) o registro do medicamento genérico acetato de abiraterona, que é utilizado no tratamento de pacientes com câncer de próstata metastático resistente a castração, em combinação com os medicamentos prednisona ou prednisolona.

De acordo com a Lei dos Genéricos, a aprovação do medicamento deve reduzir os custos do tratamento, pois os medicamentos genéricos devem entrar no mercado com valor pelo menos 35% menor que o do produto de referência.

Até o momento não havia genéricos do medicamento acetato de abiraterona, que está no mercado com o nome comercial Zytiga, registrado pela empresa Janssen-Cilag Farmacêutica. O medicamento genérico foi registrado pela empresa Dr. Reddys Farmacêutica.

O acetato de abiraterona inibe seletivamente uma enzima necessária para produção de androgênios (hormônios sexuais) pelos testículos, glândulas suprarrenais e tumores da próstata, além de diminuir consideravelmente os níveis desses hormônios, os quais levam à progressão da doença.

A agência também aprovou um novo medicamento para tratamento de câncer de bexiga para pacientes em estágio avançado da doença e que não têm tido resultados com quimioterapia à base de platina. A autorização para venda do Keytruda, nome comercial do pembrolizumabe do laboratório norte-americano MDS, foi publicada também nesta segunda (20) no Diário Oficial da União.

O medicamento já havia sido aprovado pela Anvisa para tratamento de câncer de pele e de pulmão. A extensão para os casos de câncer de bexiga foi feita após os resultados do estudo fase III, Keynote-045, com 542 pacientes submetidos ao tratamento com pembrolizumabe ou quimioterapia.

De acordo com o laboratório, no estudo, que durou 22,5 meses, o tratamento com pembrolizumabe foi 30% mais eficaz que a quimioterapia, e os efeitos colaterais foram menores.

O câncer de bexiga atinge principalmente homens com idade próxima dos 65 anos e com o hábito de fumar. Em sua fase inicial a doença não apresenta sintomas, mas o sinal mais evidente costuma ser a presença de sangue na urina.

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