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O Ministério da Saúde descartou cinco casos suspeitos de coronavírus no Brasil

O governo chinês vem pedindo às pessoas que fiquem em casa e evitem se reunir para impedir a propagação do novo coronavírus. (Foto: Reprodução)

O Ministério da Saúde afirmou, nesta quinta-feira (23), que está em alerta para o risco de transmissão do coronavírus no Brasil. De acordo com a pasta, o nível de alerta é 1 (inicial), em uma escala que vai de 1 a 3. O nível mais elevado é ativado quando são confirmados casos transmitidos em solo nacional.

Julio Henrique Rosa Croda, secretário substituto de Vigilância em Saúde, afirmou que cinco casos suspeitos da doença no Brasil foram descartados.

O coronavírus já matou 18 pessoas e infectou centenas em nove países. Além da China, há registros de casos nos Estados Unidos, Japão, Tailândia, Taiwan, Coreia do Sul, Vietnã, de Singapura e a Arábia Saudita.

Três cidades chinesas adotaram medidas de quarentena para tentar frear a epidemia. Pequim cancelou as comemorações do Ano Novo chinês.

“O vírus sofreu uma pequena mutação e não se sabe ainda a forma de transmissão, se ele se assemelha à transmissão do Sars e do Mers, [outras variações de coronavírus, que são transmitidos por gotículas] e portanto mais limitada, ou se pode adquirir habilidade maior de transmissão, como o vírus da influenza, por aerossol”, afirma Julio Henrique Rosa Croda, secretário substituto de Vigilância em Saúde.

Casos descartados no Brasil

Croda afirmou que cinco casos sob suspeita de coronavírus foram descartados pelo Ministério da Saúde. Os registros estavam sendo investigados em Minas Gerais, Distrito Federal, São Paulo, Santa Catarina e Rio Grande do Sul.

Croda frisou que os casos suspeitos do Brasil foram descartados seguindo os parâmetros da Organização Mundial de Saúde (OMS).

Segundo ele, os parâmetros são: registro de febre e sintomas gripais; e critérios epidemiológicos, como se a pessoa suspeita de infecção viajou para Wuhan – cidade considerada o epicentro da doença, na China –, e se teve contato com infectados.

Na China, segundo Croda, a transmissão foi registrada entre familiares e profissionais de saúde, comportamento semelhante a outros vírus da família coronavírus.

Não foram feitos registros de casos transmitidos sem o contato com infectados, o que descarta o risco de uma pandemia.

Rio Grande do Sul

A Secretaria da Saúde do RS, por intermédio do Centro Estadual de Vigilância em Saúde (Cevs), está orientando as redes de saúde pública e privada sobre notificação de casos suspeitos de doença respiratória causada pelo agente novo coronavírus. O trabalho é feito a partir das recomendações da OMS e do Ministério da Saúde, que lançou nesta quinta-feira (23) um boletim epidemiológico sobre essa nova cepa viral. Desde o final de 2019, quando foram detectados na China casos de doença respiratória provocada pelo coronavírus, os Estados vêm monitorando o evento, em conjunto com o ministério.

Como resultado deste trabalho, as instituições de saúde lançaram um alerta para eventuais casos de pessoas com sintomas suspeitos e que tenham histórico de viagem para áreas de transmissão nos últimos 14 dias. Os sintomas clínicos são principalmente respiratórios, como febre, tosse e dificuldade para respirar. Os casos mais graves podem evoluir para pneumonia.

O Rio Grande do Sul, no momento, não tem nenhuma situação relacionada ao novo coronavírus em investigação. O único caso suspeito até agora, notificado ao MS na quarta-feira (22), foi descartado. Tratava-se de uma pessoa que passou 18 dias trabalhando na China e que procurou atendimento médico com febre e tosse. Após serem tomadas as medidas preconizadas para atendimento de caso suspeito, o resultado foi negativo, e o paciente não está internado.

A OMS detectou que a transmissão pessoa a pessoa está acontecendo entre familiares e profissionais de saúde em contato com indivíduos infectados na cidade de Wuhan (China) que é, até o momento, o único local conhecido com transmissão.

Para os casos suspeitos, é recomendado: Paciente deve usar máscara cirúrgica logo no início e ser mantido em quarto privativo; Profissionais devem usar medidas de precaução padrão; Casos graves devem ser encaminhados para um hospital de referência; Casos leves devem ser acompanhados pela atenção básica em saúde.

A vigilância sanitária orienta adoção de medidas nos pontos de entrada no País:

Atenção para detectar suspeitos; Orientação para notificação imediata destes casos; Elaboração de avisos sonoros com recomendações sobre sinais, sintomas e cuidados básicos; Intensificar procedimentos, limpeza e desinfecção de equipamentos de proteção individual (EPI); Orientar equipes dos postos médicos quanto à detecção de casos suspeitos; e atender a possíveis solicitações de listas de viajantes para investigação de contato.

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