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O Ministério Público entra com ação para barrar a indicação de Eduardo Bolsonaro para embaixador do Brasil nos Estados Unidos

O deputado federal Eduardo Bolsonaro ao lado do pai, o presidente Jair Bolsonaro. (Foto: Reprodução/Instagram)

O MPF (Ministério Público Federal) em Brasília entrou com uma ação civil pública na Justiça Federal, com pedido de liminar (decisão provisória), para barrar a indicação do deputado federal Eduardo Bolsonaro (PSL-SP), filho do presidente da República, Jair Bolsonaro, para o cargo de embaixador do Brasil nos Estados Unidos, informou a instituição nesta segunda-feira (12).

A ação defende que o governo brasileiro observe critérios para a escolha de embaixadores de fora da carreira diplomática, como reconhecido mérito em atividades diplomáticas, relevantes serviços diplomáticos prestados ao País e pelo menos três anos de experiência em atividades nesse sentido. Se o indicado não cumprir tais requisitos, o MPF quer que a Justiça revogue ou suste qualquer tipo de trâmite de nomeação para o cargo de embaixador.

Na sexta-feira (09), o partido Cidadania entrou com um mandado de segurança coletivo preventivo, com pedido de liminar, no STF (Supremo Tribunal Federal), para impedir que Bolsonaro indique o filho para o cargo de embaixador em Washington. Para o Cidadania, a indicação configura nepotismo.

A ação do MPF não traz considerações a respeito de um suposto nepotismo na indicação. Em despacho na manhã desta segunda-feira, a juíza federal Flávia de Macêdo Nolasco deu prazo de até dez dias para que a União se manifeste na ação antes de tomar uma decisão. Ela fez considerações sobre o fato de que o questionamento deveria ter sido feito perante o STF, Corte a qual caberia avaliar a questão.

Bolsonaro confirmou na semana passada o aval dos Estados Unidos para a indicação de Eduardo ao cargo de embaixador em Washington, o que deve ocorrer de forma oficial nos próximos dias.

Para ser nomeado embaixador nos Estados Unidos, Eduardo terá que ser sabatinado e aprovado tanto pela Comissão de Relações Exteriores do Senado quanto pelo plenário da Casa.

Ao defender a indicação do filho, o chefe do Executivo federal destaca o fato de Eduardo ser o presidente da Comissão de Relações Exteriores da Câmara e falar inglês e espanhol, além de ter morado nos Estados Unidos.

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