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O Ministério Público Federal disse que a polêmica da condução coercitiva de Lula era cortina de fumaça

O ex-presidente considerou arbitrária a medida e disse que se sentiu prisioneiro. (Foto: Fernando Donasci/Folha Imagem)

A força-tarefa do MPF (Ministério Público Federal) no Paraná, responsável pelas investigações da Operação Lava-Jato, emitiu nota reafirmando a necessidade da condução para depoimento do ex-presidente Luiz Inácio Lula da Silva. O comunicado disse que instalou-se uma falsa controvérsia sobre a natureza e circunstâncias da condução coercitiva de Lula, e que a discussão era apenas cortina de fumaça sobre os fatos investigados.

A 24 fase da Operação Lava-Jato cumpriu 33 mandados de busca e apreensão e 11 de condução coercitiva – um deles para Lula. O ex-presidente considerou arbitrária a medida e disse que se sentiu prisioneiro. A ação foi autorizada pelo juiz Sérgio Moro, que também emitiu nota sobre o assunto, afirmando que isso não significa antecipação de culpa.

Ao longo das 24 fases da Lava-Jato foram cumpridos 117 mandados de condução coercitiva, todos autorizados por Moro. “Apenas nesta última fase e em relação a apenas uma das conduções coercitivas determinadas, a do senhor Luiz Inácio Lula da Silva, houve a manifestação de algumas opiniões contrárias à legalidade e constitucionalidade dessa medida, bem como de sua conveniência e oportunidade”, afirmam os procuradores.

Para o MPF, o fato de nenhum dos outros 116 mandados ter gerado tal clamor comprova que os críticos se insurgem não contra o fato, mas pela condução coercitiva de um ex-presidente. (AG)

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