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O ministro da Casa Civil, Eliseu Padilha, disse que fechar a fronteira com a Venezuela está fora de cogitação

Eliseu Padilha em coletiva de imprensa sobre ações de acolhimento e ajuda humanitária a venezuelanos. (Foto: Fernando Aguiar/Casa Civil)

O ministro da Casa Civil, Eliseu Padilha, apresentou nesta segunda-feira (21) um balanço da situação dos venezuelanos em Roraima, com o discurso de que a situação está sob controle e que não se trata de um fluxo migratório desordenado. Em uma crítica indireta à governadora de Roraima, Suely Campos (PP), Padilha disse que alguns números que estão sendo apresentados parecem “fora de propósito”. As informações são do jornal O Globo e da Casa Civil.

Na sexta-feira (18), a governadora cobrou da União ressarcimento de R$ 184 milhões por gastos com os venezuelanos que atravessaram a fronteira, especialmente com gastos em Saúde. No balanço apresentado hoje, Padilha disse que 10 mil venezuelanos vivem em Roraima. Os dados indicam ainda que, desde 2017, 48.646 venezuelanos fizeram pedidos de refúgio, ou seja, para permanecer no país.

Padilha disse ainda que não há hipótese de o Brasil fechar as fronteiras.

“Em primeiro lugar, não há hipótese de pensarmos em fechamento de fronteira. Estamos dando um tratamento de triagem na fronteira e isso faz com que se tenha uma migração ordenada. E agora temos fixos em torno de 10 mil venezuelanos em Roraima. Estamos vendo que os números estão sendo trabalhados tecnicamente e cientificamente pela Polícia Federal, e não podemos imaginar que temos números que estão sendo apresentados, de R$ 180 milhões, por exemplo, isso fica parecendo um pouco fora de propósito”, disse Padilha.

Hoje, há nove abrigos montados na região, atendendo a 4 mil abrigados. Outro dado indica que, entre 2017 e 2018,111.581 venezuelanos entraram no Brasil pelo município de Pacaraima. Do total, 60 mil já saíram do Brasil.

Comitê

O Comitê Federal de Assistência Emergencial apresentou nesta segunda-feira ao presidente Michel Temer relatório trimestral sobre o acolhimento de venezuelanos em Roraima. O governo federal atua no Estado no ordenamento da fronteira, na acolhida em abrigos e no processo de interiorização.

Para melhorar o ordenamento da fronteira, a Operação Acolhida finaliza uma estrutura de triagem na cidade fronteiriça de Pacaraima. Nesta semana, entre quarta-feira (23) e sexta-feira (25) serão realizados testes no local.

Com o posto de triagem, o venezuelano fará na fronteira sua regularização migratória na Polícia Federal; atendimento médico e vacinação; emissão de CPF e carteira de trabalho; e cadastro junto à ONU. Um posto de atendimento avançado acolherá pessoas que precisem de atenção médica de emergência e casos de internação.

Também está prevista a instalação de outro posto de triagem em Boa Vista.

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