O ministro da Saúde, Ricardo Barros, anunciou nesta quinta-feira (4) que vai deixar a pasta para tentar se reeleger deputado federal na eleição do ano que vem.
Barros fez o anúncio durante uma entrevista coletiva no ministério sobre a execução orçamentária da pasta em 2017.
Pela legislação, ministros que decidirem disputar a eleição de 2018 têm até 7 de abril para pedir exoneração.
Barros não deu uma data específica de quando vai se desligar do governo porque afirmou que isso depende de decisão do presidente Michel Temer. Após a entrevista, a assessoria do ministro informou que a intenção dele é permanecer até 7 de abril.
“Eu vou sair para disputar a eleição. Vou concorrer à eleição como deputado federal e fico no ministério até a data que o presidente me solicitar, desde que seja até 7 de abril”, afirmou.
Nos últimos dias, dois ministros deixaram o governo com o objetivo de disputar as eleições: Ronaldo Nogueira (PTB-RS), do Trabalho; e Marcos Pereira (PRB), da Indústria e Comércio Exterior. A expectativa é que outros da equipe ministerial sigam o mesmo caminho.
“Eu vou sair para disputar a eleição. Vou concorrer à eleição como deputado federal e fico no ministério até a data que o presidente me solicitar, desde que seja até 7 de abril”, afirmou o ministro.
Nota
O Ministério da Saúde emitiu uma nota sobre a saída, contestando matéria veiculada no Portal G1, mas confirmando que sai para concorrer. Confira a nota:
“Sobre o título da reportagem do G1, ‘Ministro da Saúde diz que vai deixar o cargo para disputar a eleição, mas não define a data’ o Ministério da Saúde esclarece que a reportagem induz ao erro do leitor. O ministro afirmou em coletiva de imprensa sobre execução orçamentária de 2017 que somente deixará o governo para disputar a reeleição para deputado federal. O fato é de amplo conhecimento da mídia. Somente deixará o cargo em 7 de abril, quando os candidatos devem se descompatibilizar, ou se houver uma decisão anterior a essa data do Presidente da República, Michel Temer.”
Febre amarela
O ministro também disse que na próxima semana deve ser anunciada uma nova política de combate e prevenção da febre amarela no País. Para ele, há um “excesso de zelo” nas notificações de possíveis casos da doença.
“Há um excesso de zelo sobre as notificações de possibilidade de febre amarela. Teve 12 casos suspeitos, nenhum foi confirmado, o que provoca excesso de zelo. Não está pactuada totalmente a ação do ministro, do Estado e de municípios. Semana que vem, vamos fazer um anúncio da política de combate à febre amarela para este ano de 2018”, afirmou Barros.
Outras saídas
Na quarta-feira (3), o presidente nacional do PRB, Marcos Pereira, entregou à Presidência da República carta pedindo exoneração do cargo de ministro da Indústria, Comércio Exterior e Serviços, alegando questões pessoais e partidárias.
Já no final de dezembro, o deputado federal Ronaldo Nogueira (PTB-RS) também pediu exoneração do cargo de ministro do Trabalho para se dedicar à campanha eleitoral. Ele será substituído pela deputada federal Cristiane Brasil (PTB-RJ), cuja nomeação foi publicada nesta quinta-feira no Diário Oficial da União.
