Dados da Universidade Johns Hopkins apontam que número de mortes confirmadas pela doença está próximo de ultrapassar marca de 500 mil. Brasil e EUA lideram em números de casos e mortes. Dados da Universidade Johns Hopkins, nos EUA, apontaram que o número de casos confirmados de coronavírus no mundo passou de 10 milhões.
A marca foi ultrapassada após o registro de um milhão de novos casos em menos de uma semana. Na semana passada, o painel de dados da universidade apontava que o planeta tinha nove milhões de infecções detectadas. Em 15 de junho, o mundo tinha oito milhões de casos. Ainda segundo a Johns Hopkins, 499.295 mortes por covid-19 haviam sido notificadas até a manhã deste domingo (28).
Em números absolutos, Estados Unidos e Brasil aparecem no topo do ranking de países com mais casos da doença. Também são os únicos países que registraram mais de 1 milhão de casos. No entanto, as autoridades de saúde dos EUA estimam que o número real de casos é provavelmente dez vezes maior que o total confirmado. Os Centros dos EUA para Controle de Doenças (CDC) estimam que até 20 milhões de americanos podem ter sido infectados.
O primeiro caso de covid-19 no Brasil foi registrado em 25 de fevereiro. Nos EUA, em 20 de janeiro. Na Europa, o continente até agora mais atingido pela pandemia de covid-19, foram registrados até agora 2.637.546 casos de infecção e 195.975 mortes..
Os Estados Unidos e o Brasil também são os dois países com mais mortes registradas por covid-19. Nos EUA, 125 mil pessoas já morreram. No Brasil, 57 mil. O Instituto de Métricas e Avaliação da Saúde da Universidade de Washington (IHME), cujos modelos de previsão da evolução da pandemia são frequentemente utilizados pela Casa Branca, estima que os EUA chegarão a outubro com cerca de 180 mil mortes.
No Brasil, há pouco mais de três meses, o presidente Jair Bolsonaro chegou a afirmar que o número de mortes ficaria abaixo de 800. “O número de pessoas que morreram de H1N1 foi mais de 800 pessoas. A previsão é não chegar aí a essa quantidade de óbitos no tocante ao coronavírus”, declarou o presidente em 22 de março, quando o país contava com 1.546 casos confirmados e 25 mortes.
Vacina
A diretora de Ciência e Tecnologia da Secretaria de Ciência, Tecnologia, Inovação e Insumos Estratégicos, Camile Sachetti, afirmou que o governo espera ter resultados preliminares da eficácia da vacina para a covid-19 entre outubro e novembro. O governo anunciou parceria com a Universidade de Oxford e AstraZeneca para compra de lotes de vacina e transferência tecnológica.
“Os resultados de eficácia da vacina serão avaliados mês a mês e serão incluídos ao Reino Unido para serem avaliados nesse conjunto. Então, a ideia é que esses resultados preliminares sejam apresentados entre outubro e novembro. Todos esses dados serão somados aos dados mundiais”, disse durante entrevista coletiva.
Segundo o secretário-executivo do Ministério da Saúde, Elcio Franco, as 100 milhões de doses previstas no acordo serão produzidas no Brasil através da Fundação Oswaldo Cruz (Fiocruz). Para os primeiros lotes, o País receberá o princípio ativo da vacina (Concentrado Vacinal Viral – IFA), mas com a produção e envasamento do imunizante em território nacional.
Com os dados de segurança (farmacotécnica e farmacodinâmica) da vacina, o primeiro lote de 30,4 milhões de doses será distribuído para o grupo prioritário, de pessoas idosas e comorbidades, por exemplo, explicou o secretário de Vigilância em Saúde, Arnaldo Correia de Medeiros. O primeiro lote, com 15,2 milhões de doses, é esperado para dezembro. Segundo Franco, tendo essas vacinas, o Brasil já poderá começará a distribuição. O segundo lote, com os outras 15,2 milhões de doses, estão previstas para janeiro de 2021.
