Ícone do site Jornal O Sul

O Museu d’Orsay, de Paris, informou ter conseguido abortar um ataque a uma pintura de Van Gogh de seu acervo

As ações preventivas colocadas em prática desde a proliferação deste tipo de protesto impediram que ela se aproximasse da tela. (Foto: Divulgação)

A ativista pretendia jogar sopa em um autorretrato de Van Gogh em Saint Rémy, dias após ataques semelhantes terem ocorrido na Inglaterra, Alemanha e Holanda, onde ativistas jogaram sopas e puré de batata a várias obras de arte.

De acordo com o Le Parisien, a mulher também queria colar o rosto em outra pintura, como fez uma ativista com A jovem da pérola, no Mauritshuis, em Haia, naquele mesmo dia, mas foi abordada quando removeu o suéter para que aparecesse a mensagem em sua camiseta: “Apenas pare com o óleo”.

Ela estava acompanhada de outras pessoas, que levavam câmeras para registrar o protesto.

As ações preventivas colocadas em prática desde a proliferação deste tipo de protesto, que envolvem também a polícia, impediram que ela se aproximasse da tela de Van Gogh. Depois, ela se dirigiu a um Paul Gauguin com uma garrafa na mão, mas foi detida por um segurança. A polícia estava preparada para agir, caso ela tivesse êxito.

A mulher não foi presa, mas o museu apresentou uma queixa por tentativa de vandalismo voluntário. Em geral, as obras mais valiosas são protegidas com vidro – mas não todas.

Ativistas de diferentes países estão seguindo as diretrizes do movimento britânico “Just stop oil”, que exige o fim de novos projetos de extração de petróleo e gás fortalecendo suas demandas com este tipo de protesto.

Sangue

Já em Berlim, a polícia disse que uma pintura do famoso artista francês do século 19, Henri de Toulouse-Lautrec, foi encharcado com sangue falso em um museu de Berlim. O também foi promovido por ativistas ambientais, embora não haja, segundo a polícia, aparente ligação entre eles.

Os danos à tela Clown estavam sendo avaliados. O quadro é protegido por vidro. A pessoa teria, depois disso, colado uma das mãos na parede ao lado da obra, na Alte Nationalgalerie.

A polícia prendeu a pessoa depois de desgrudar a mão da parede. O suspeito estava distribuindo panfletos antes do incidente, disse a autoridade, mas não forneceu detalhes sobre seu conteúdo. Ele tampouco informou se a pintura sofreu algum dano, já que essa ainda estava sendo analisada na oficina de restauro do museu.

O chefe da Fundação do Patrimônio Cultural da Prússia, que supervisiona o museu, disse no domingo que estava “chocado com esse ataque à arte, que, neste caso, aparentemente, não pode ser atribuído a nenhum grupo ativo na política climática”.

Hermann Parzinger disse que a informação inicial era de que parecia não haver danos à pintura em si, mas a cola e o corante tiveram que ser removidos da parede coberta de tecido da sala onde o quadro estava localizado.

O incidente seguiu-se a uma série de manifestações do grupo Uprising of the Lasta Generation, cujas ações nos últimos meses incluíram o bloqueio de ruas e o arremesso de purê de batatas em uma pintura de Claude Monet em um museu de Potsdam, nos arredores de Berlim.

Sair da versão mobile