Ícone do site Jornal O Sul

O novo ministro da Justiça traça um roteiro para o presidente Michel Temer se salvar no Tribunal Superior Eleitoral e tentar superar a crise

O ministro Torquato Jardim. (Foto: Reprodução)

Nomeado o novo ministro da Justiça, Torquato Jardim tem mente um roteiro claro de como se desenvolverá o julgamento da chapa Dilma Rousseff-Michel Temer pelo TSE (Tribunal Superior Eleitoral), bem como as possibilidades de sobrevivência do atual governo.

Com 40 anos de experiência na Justiça Eleitoral, sendo oito deles como ministro do TSE, Torquato prevê por volta de três semanas de julgamento, com boa probabilidade de um pedido de vista, para o qual inclusive já enxerga um pré-candidato – o terceiro julgador e recém-ingresso ministro Admar Gonzaga. O novo ministro da Justiça diz que se engana quem acha que a análise da ação será contaminada pelas graves acusações contra integrantes do governo e o próprio presidente Temer trazidas à luz pela Operação Lava-Jato.

“90% do que dizem é chute. Primeiro sugerem que tudo quanto está nessa grande Lava-Jato vai ser julgado no TSE. Não. Se vocês lerem a inicial e a contestação verão que os fatos que estão ali são poucos. Tem a ver com o início da investigação da Lava-Jato, de três anos atrás. Tudo que veio depois não faz parte”, disse. “Segundo, achar que os novos fatos vão influenciar a percepção que os juízes têm do que está nos autos é não conhecer a boa técnica jurídica. Não imagino qualquer dos sete juízes julgando com fatos extra-auto ou fora da lide. Seria um erro técnico brutas”, completou.

As chances de o julgamento se encerrar no dia 6, com espera boa parte da classe política, são nulas, segundo Torquato. “Não esperem que venha no dia 6. São pelo menos três dias de sessões e pode haver pedido de vista”, avaliou.

Sair da versão mobile