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O número de alunos pobres em faculdades privadas no país aumentou 20% em cinco anos

Crescimento apareceu em pesquisa (Foto: Reprodução)

Ao longo de cinco anos, o Brasil registrou um crescimento de 20% na quantidade de alunos de baixa renda que se formaram em faculdades privadas, de acordo com dados do Enade (Exame Nacional de Desempenho de Estudantes). Entre 2010 e 2015 houve expansão do total de diplomados com renda familiar de até três salários mínimos, chegando a quase 246 mil estudantes no sistema privado.

O Semesp calcula que, em 2010, os alunos com renda familiar de até 1,5 salário mínimo representavam 8,8% do total de formados das faculdades privadas. Essa fatia saltou para 13,5% cinco anos mais tarde. Já a faixa entre 1,5 e três salários representava 23,4% do total e passou a representar 26,8% no mesmo período.

“Os dados comprovam que o Fies (Fundo de Financiamento Estudantil) trouxe uma nova classe social para dentro das universidades”, avalia Rodrigo Capelato, diretor-executivo do Semesp ( Sindicato das Mantenedoras de Ensino Superior de São Paulo). “Com certeza, a redução na oferta de financiamento terá um impacto futuro.”

Criado em 1999, o Fies ganhou fôlego em 2010, com regras mais flexíveis. Nos quatro anos seguintes, houve um crescimento acelerado e a oferta de vagas saltou de 76 mil para 732 mil. Na sequência, restrições orçamentárias levaram ao enxugamento do Fundo, com cerca de 250 mil vagas em 2015 e pouco mais de 300 mil no ano passado.

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