Ícone do site Jornal O Sul

O número de brasileiros com restrição no nome teve alta de 4,22% em outubro e acelerou na comparação com o mesmo mês do ano passado

Brasileiros entre 30 e 40 anos lideram o universo de pessoas com contas em atraso. (Foto: Reprodução)

O número de brasileiros com nome sujo teve alta de 4,22% em outubro e acelerou na comparação com o mesmo mês do ano passado. É o que aponta o levantamento divulgado nesta terça-feira (13) pela CNDL (Confederação Nacional de Dirigentes Lojistas) e pelo Serviço de Proteção ao Crédito. De acordo com a pesquisa, estima-se que há no País 62,89 milhões de consumidores inadimplentes.

Na avaliação do presidente da CNDL, José Cesar da Costa, a inadimplência continua elevada pois a recuperação econômica segue lenta e ainda não impactou de forma considerável o mercado de trabalho.

“A retomada do ambiente econômico acontece de forma gradual e ainda demorará para termos um aumento expressivo do número de empregos e renda, fatores que impactam de forma positiva tanto no pagamento de pendências quanto na propensão ao consumo das famílias”, afirmou.

Dívidas bancárias foram as que mais cresceram

Segundo o levantamento, o maior avanço em outubro foi o das dívidas bancárias, que incluem cartão de crédito, cheque especial, empréstimos, financiamentos e seguros, cuja alta foi de 7,74%.

Também houve alta nas contas atrasadas com empresas do setor de comunicação, como telefonia, internet e TV por assinatura (7,56%). As despesas com contas de serviços básicos, como água e luz, apresentaram alta de 4,46% nos atrasos, enquanto as compras realizadas no carnê ou boleto no comércio cresceram 0,45% no período.

Inadimplência por faixa de idade

A pesquisa mostra que a maior parte dos inadimplentes está concentrada entre os brasileiros com idade de 30 a 39 anos: são 17,9 milhões de consumidores nessa situação, o que representa mais da metade (52%) dos brasileiros com essa idade. Na sequência, estão os consumidores de 40 a 49 anos, que somam uma população de 14,2 milhões de inadimplentes e os compreendidos na faixa dos 50 a 64 anos, que formam 13,1 milhões de devedores.

As pessoas de 25 a 29 anos representam juntas um universo de 7,7 milhões de inadimplentes, ao passo que a população mais idosa, com idade entre 65 e 84 anos, somam 5,5 milhões de pessoas. A população mais jovem, que vai de 18 aos 24 anos, formam um contingente de 4,3 milhões de negativados, o que representa 18% dos brasileiros nessa faixa.

Venda comércio varejista

As vendas do comércio varejista brasileiro tiveram uma queda de 1,3% em setembro na comparação com agosto, informou nesta terça-feira o IBGE (Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística). Na comparação com setembro do ano passado, houve alta de 0,1%.

De acordo com a gerente da pesquisa, Isabella Nunes, trata-se do pior setembro da série histórica da pesquisa, iniciada em 2000. Além disso, foi o resultado mais negativo desde março de 2017, quando houve queda de 1,9% na comparação com o mês imediatamente anterior.

Os números do IBGE mostram um perda de ritmo na recuperação do setor. Com a queda de setembro, o varejo passou a acumular alta de 2,3% no ano. Em 12 meses, o avanço desacelerou de 3,3% em agosto, para 2,8% em setembro. A queda das vendas acontece após uma alta expressiva de 2% em agosto – resultado que foi revisado após leitura inicial de alta de 1,3% divulgada anteriormente.

 

Sair da versão mobile