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O pagador de salários

Ilustração

Como responsável pelo pagamento, o governo precisa arranjar dinheiro de qualquer jeito, tire de onde tirar. Foto: Ilustração

O final do mês é novo, mas o problema do governo José Ivo Sartori é velho: falta de dinheiro para quase tudo. E quase tudo vai ficar sem recursos, de novo, menos o bolso dos servidores, independente do tamanho do salário. Não tem parcelamento para ninguém. Todos recebem o salário inteiro, em dia, como foi decidido pela Justiça, que é cega, estatueta com os olhos vendados, para não fazer distinção por dinheiro, influência, poder… Nenhuma distinção. Nunca.

Como responsável pelo pagamento, o governo precisa arranjar dinheiro de qualquer jeito, tire de onde tirar. Como o governo federal não penaliza pagamento (atrasado) da dívida estadual até o 10º dia do mês subsequente, haverá novo atraso, o terceiro em sequência. Como setores da saúde, segurança e educação não têm decisão judicial impondo pagamento em dia, vão receber, com atraso, de novo, os recursos importantes para todos os gaúchos. Milhões de pessoas, boa parte, talvez, carente, sem salário algum.

Os atrasos serão mais abrangentes do que nos meses anteriores. Se não para de rolar, bola de neve aumenta. Coitados dos gaúchos que trabalham, produzem, pagam impostos e têm direito de receber o que lhes cabe por direito em serviços, mas não é certo que vão receber. Coitado do miserável que depende da pobreza do erário. Coitados desses governantes que precisam atender a todos – em primeiro lugar, os salários, independente do tamanho -, tendo à disposição o fundo do cofre raspado.

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