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O papa critica as pessoas que viajam para fugir de restrições impostas contra o coronavírus

Francisco disse ter ficado triste com pessoas que realizaram comportamento de risco. (Foto: Divulgação/Vaticano)

O Papa Francisco condenou as pessoas que haviam viajado de férias tentando escapar das restrições e lockdown impostos para conter a circulação do novo coronavírus, dizendo que precisavam mostrar maior consciência sobre o sofrimento dos outros.

Falando após sua bênção semanal, Francisco disse que leu notícias de jornal sobre pessoas que viajavam para fugir das medidas restritivas de governos buscando diversão em outro lugar.

“Eles não pensaram nos que estavam ficando em casa, nos problemas econômicos de muitas pessoas que foram duramente atingidas pelas restrições, nos doentes. (Pensaram) apenas em ir de férias e se divertir”, disse o papa. “Isso realmente me entristeceu”, afirmou em discurso em vídeo da biblioteca do Palácio Apostólico do Vaticano.

“Não sabemos o que 2021 nos reserva, mas o que todos nós podemos fazer juntos é nos esforçarmos um pouco mais para cuidar uns dos outros. Existe a tentação de cuidar apenas de nossos próprios interesses”, afirmou.

A bênção tradicional do Angelus é normalmente dada de uma janela com vista para a Praça de São Pedro, mas foi levada para dentro para evitar que qualquer multidão se reunisse e limitar a disseminação do Covid-19.

Vacinação

A Cidade do Vaticano, menor Estado soberano do mundo, informou que espera receber doses suficientes da vacina contra a Covid-19 nos próximos dias para inocular todos os seus trabalhadores e residentes.

O Vaticano abriga cerca de 450 pessoas, incluindo o papa Francisco, enquanto várias centenas de seus funcionários vivem em Roma, que circunda a cidade-estado.

“É provável que as vacinas cheguem na segunda semana de janeiro em quantidade suficiente para cobrir as necessidades da Santa Sé e do Estado da Cidade do Vaticano”, afirmou o comunicado da cidade-estado. A Santa Sé é o órgão governante da Igreja Católica Romana que opera dentro do território do Vaticano.

O Vaticano disse ter comprado um refrigerador de ultracongelamento para armazenar as doses, sugerindo que usará a vacina desenvolvida pela Pfizer e BioNTech, que deve ser armazenada a cerca de 70 graus Celsius negativos.

A vacinação terá início na segunda quinzena de janeiro, com prioridade para os profissionais de saúde e segurança pública, idosos e funcionários em contato frequente com o público, disse o Vaticano, com injeções administradas de forma voluntária.

O papa Francisco tem 84 anos e parte de um pulmão removido por uma doença quando ele era jovem na Argentina, seu país de origem, o que o tornou potencialmente vulnerável à Covid-19. O Vaticano, no entanto, não disse se ou quando ele seria vacinado.

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