Conhecido como o Porsche mais antigo da história, o Type 64, de 1939, pode alcançar o valor de US$ 20 milhões em um leilão. A raridade participará de evento em agosto, em Monterey, na Califórnia, e é único exemplar “sobrevivente” das 3 unidades que deram origem à marca alemã. “Sem o Type 64, não haveria Porsche 356, nem 550 e tampouco o 911”, afirmou Marcus Görig, especialista em carros da RM Sotheby´s, a casa que vai realizar o leilão.
Utilizando o mesmo conjunto de motor-câmbio do Type 1 Volkswagen, o Type 64 tinha motor de 4 cilindros que atingia 32 cavalos de potência em sua concepção inicial. Das 3 unidades do carro foram construída, esta que vai ser leiloada foi a única que restou.
O carro foi concebido para participar da corrida de rua “Berlim-Roma”, em 1939, mas a prova nunca aconteceu por causa do início da 2ª Guerra Mundial. Mas o modelo não foi esquecido, e acabou como objeto pessoal de Ferry e Ferdinand Porsche.
O trabalho desenvolvido no Type 64 acabou mais tarde dando fruto ao Porsche 356. Em 1947, a unidade que vai ser leiloada foi restaurada por Pininfarina. No ano seguinte, o modelo foi comprado pelo piloto austríaco Otto Mathé, que o manteve até a sua morte, em 1995. Em 1997, o Type 64 foi comprado pelo colecionador Thomas Gruber.
Ferrari
Em agosto do ano passado, uma Ferrari 250 GTO, de 1962, foi vendida por US$ 48,4 milhões e bateu o recorde de carro mais caro arrematado em um leilão, informou a RM Sotheby´s, organização responsável pelo evento, em Monterrey, na Califórnia.
Vendida no último final de semana por valor equivalente a quase R$ 200 milhões (R$ 198,7 milhões, na cotação atual), o modelo superou outra Ferrari 250 GTO, que foi vendida em 2014 por US$ 38 milhões. Com apenas 36 unidades fabricadas entre 1962 e 1964, a 250 GTO se tornou um ícone das pistas de corrida e o maior desejo dos colecionadores, o que rendeu o apelido de “Santo Graal”.
Modelo histórico
O chassis 3413 GT foi o terceiro a ser produzido e teve como primeiro dono Edoardo Lualdi-Gabardi, que colocou o carro para disputar 10 corridas em 1962 – só não venceu uma, ficando em segundo. Lualdi-Gabardi recebeu outra 250 GTO no ano seguinte e vendeu a anterior para Gianni Bulgari, da família que fundou a marca de relógios e joias de mesmo nome. Entre 1963 e 1964, o carro terminou 20 corridas, sem nenhum acidente, com toda a mecânica original.