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Porta-voz da Presidência da República diz que Bolsonaro não pretende demitir Onyx da Casa Civil

Bolsonaro (D) tirou de Onyx Lorenzoni (E) a articulação política do governo. (Foto: EBC)

O porta-voz da Presidência da República, general Otávio do Rêgo Barros, descartou nesta segunda-feira (1º) a demissão do ministro-chefe da Casa Civil, Onyx Lorenzoni. A possível exoneração do ministro é especulada desde que ele foi afastado da articulação política pelo presidente Jair Bolsonaro.

Ao ser questionado se o presidente Bolsonaro estudava a demissão de Onyx, o porta-voz foi enfático: “Não”, disse Rêgo Barros, negando, em seguida, que qualquer outra substituição no governo esteja sendo avaliada no momento.

Onyx perdeu a articulação política para o novo ministro da Secretaria de Governo, o general Luiz Eduardo Ramos, que tomará posse na quinta-feira (04), às 10h30min, em cerimônia no Palácio do Planalto.

Após o presidente Jair Bolsonaro editar a MP (Medida Provisória) para transferir a articulação política para a Secretaria de Governo), a Casa Civil informou que o ministro continuaria à frente da articulação “até o final do processo da reforma da Previdência”.

Sob o comando de Onyx,  a Casa Civil perdeu também a Subchefia para Assuntos Jurídicos para a Secretaria-Geral da Presidência, que passou a ser comandada por Jorge Antonio Oliveira Francisco. Com as alterações, Onyx passará a cuidar do PPI (Programa De Parcerias e Investimentos).

Proximidade

A proximidade do ministro-chefe da Casa Civil, Onyx Lorenzoni, com os presidentes do Senado, Davi Alcolumbre (DEM-AP), e da Câmara dos Deputados, Rodrigo Maia (DEM-RJ), incomoda o presidente da República, Jair Bolsonaro.

Mesmo após esvaziar o poder de Onyx, que perdeu o comando da articulação política com o Congresso Nacional, Bolsonaro ainda se queixa, nos bastidores, de que o ministro está fazendo o “jogo” do Legislativo, dando a impressão de que o governo cedeu ao “toma lá, dá cá”.  Agora, nem mesmo a cúpula do DEM arrisca dizer se Onyx sobreviverá no cargo, conforme informações do jornal O Estado de S. Paulo.

Em conversas reservadas, o presidente tem dito que não se pode ceder a tudo o que deputados e senadores querem para o governo não virar refém da “velha política”. No dia 22 de junho, Bolsonaro chegou a afirmar que o Congresso tem cada vez mais “superpoderes” e quer deixá-lo como “rainha da Inglaterra”, que reina, mas não governa.

Quem conversou com Onyx, nos últimos dias, encontrou um ministro abatido. A interlocutores, o titular da Casa Civil disse, porém, que o seu foco é “única e exclusivamente” a votação da reforma da Previdência. Questionado pela reportagem se está por um fio no governo, ele respondeu: “Claro que não. Isso é uma baita bobagem”.

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