Os preços dos combustíveis subiram nesta semana, segundo dados divulgados nesta sexta-feira (17) pela Agência Nacional do Petróleo, Gás Natural e Biocombustíveis (ANP).
De acordo com o levantamento, o valor médio do litro da gasolina para o consumidor avançou 0,6%, para R$ 4,586. Na semana passada, o preço do combustível permaneceu estável.
Já o preço do diesel avançou 0,2% na semana, para R$ 3,791 por litro, em média. O preço do etanol também teve alta na semana. O avanço foi de 1,8%, para R$ 3,241 por litro.
Os valores são uma média calculada pela ANP com dados coletados em postos em diversas cidades pelo País. Os preços, portanto, variam de acordo com a região.
Preços nas refinarias
Nesta semana, a Petrobras reduziu o preço médio da gasolina e do diesel nas refinarias em 3%, após ter mantido os valores de ambos os combustíveis estáveis por semanas.
A gasolina não sofria um reajuste desde 1º de dezembro, enquanto o diesel tinha a cotação estável desde 21 de dezembro, quando houve um aumento de 3%. Nos preços da gasolina, houve um aumento de 4% no dia 27 de novembro.
A redução do preço dos combustíveis nas refinarias ocorreu após um acomodação dos preços internacionais do petróleo.
Nesta sexta-feira, por exemplo, os contratos futuros do petróleo fecharam próximos da estabilidade, mas tiveram a segunda semana consecutiva de queda em 2020. Os contratos futuros do Brent recuaram 0,20% na semana, enquanto os futuros do West Texas Intermediate (WTI) tiveram queda 0,84%.
A Petrobras tem reiterado que sua política de preços para a gasolina e o diesel segue o princípio da paridade de importação, formada pela cotação internacional dos produtos mais os custos de importadores, como transporte e taxas portuárias, com impacto também do câmbio, destaca a Reuters.
No dia 3, após os ataques dos Estados Unidos que mataram um comandante militar do Irã e elevaram a tensão no Oriente Médio, a Petrobras divulgou comunicado em que já afirmava que não faria um reajuste imediato nos preços dos combustíveis.
A estatal destacou na ocasião que, “de acordo com suas práticas de precificação vigentes”, não há periodicidade pré-definida para reajustes dos valores dos combustíveis nas refinarias.
“Os reajustes estão bem em consonância com o que aconteceu no mercado internacional. As cotações devolveram bastante depois do pico da crise no Oriente Médio, e eles (o mercado) já tiraram praticamente todo o risco do preço do petróleo”, afirmou à Reuters o chefe da área de óleo e gás da consultoria INTL FCStone, Thadeu Silva.