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O prefeito de Porto Alegre sugere uma retomada gradual das atividades, alternando períodos de abertura e fechamento

Em conversa virtual com empresários, Marchezan defendeu necessidade de unificação do discurso. (Foto: Cesar Lopes/PMPA)

Durante reunião on-line nesta terça-feira (3) com líderes de entidades empresariais, o prefeito Nelson Marchezan Júnior propôs a definição de um calendário progressivo de retomada das atividades econômicas em Porto Alegre. A liberação seria por semana, mediante critérios como risco de contágio e volume de circulação de pessoas (semelhante ao que foi feito em abril), mas alternada com períodos de fechamento.

Basicamente, a ideia apresentada aos representantes dos setores de varejo, serviços e indústria é recomeçar pelos estabelecimentos da indústria e da construção civil, cujo efeito sobre a circulação de pessoas na cidade é considerado menor por especialistas.

Esse processo teria continuidade com novas autorizações por segmento, com um porém: cada quinzena de “sinal verde” seria interrompida por uma semana de fechamento como nos moldes atuais.

Para possibilitar que esse plano contemple os setores de maneira equilibrada e sem colocar em risco o sistema de saúde do município, os empresários decidiram se reunir de forma setorial e discutir as propostas apresentadas pelo chefe do Executivo municipal.

Marchezan explicou que há alguns dias a estrutura de saúde da Capital gaúcha tem registrado uma leve estabilização na demanda por leitos de UTI (Unidade de Terapia Intensiva), embora o percentual de ocupação ainda seja elevado – na tarde desta segunda-feira, 710 (89%) das 812 das estruturas desse tipo em operação na cidade estavam ocupadas, sendo que 50% por pacientes com teste positivo ou suspeita de Covid-19.

“Desde o início da pandemia, em março, a prefeitura tem mantido diálogo com diversos setores da sociedade para apresentar a situação epidemiológica e as ações adotadas para conter a proliferação do coronavírus”, ressaltou o site oficial www.portoalegre.rs.gov.br.

Unificação do discurso

Ainda durante a reunião, Marchezan defendeu a necessidade de unificação do discurso entre prefeitura e empresariado, a fim de evitar a “ideologização” do contexto de combate à pandemia.

Ele cogitou, ainda, a ideia de uma espécie de restrição aos horários para o funcionamento de segmentos específicos, a fim de evitar a concomitância de diferentes tipos de atividades e, com isso, reduzir a movimentação de pessoas e o respectivo risco de contágio por coronavírus:

Um dos cenários sugeridos seria o de restrição ao horário de atendimento, de forma intercalada, por turnos conforme o segmento de atuação. “Comércio de manhã, serviços à tarde, por exemplo, é uma hipótese”, sondou o prefeito.

(Marcello Campos)

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