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A Associação dos Juízes Federais do Brasil cumprimentou Sérgio Moro por aceitar o ministério da Justiça

Ex-juiz alertou que se o País não aprovar o documento até fevereiro, poderá ser suspenso de uma organização internacional. (Foto: Rovena Rosa/Agência Brasil)

O juiz da Operação Lava-Jato do Rio de Janeiro Marcelo Bretas cumprimentou Sérgio Moro por ter aceitado nesta quinta-feira (1º) o convite do presidente eleito, Jair Bolsonaro (PSL), para assumir o Ministério da Justiça e Segurança Pública no próximo governo. As informações são do jornal Folha de S.Paulo e da Agência Brasil.

“Competência profissional e dignidade pessoal não lhe faltam para exercer as maiores funções em nossa República. Minhas orações para que Deus lhe dê sabedoria para superar os novos desafios, paz e felicidade a toda sua família”, escreveu no Twitter.

Moro também recebeu os cumprimentos do presidente da Ajufe (Associação dos Juízes Federais do Brasil), Fernando Mendes.

““Cumprimento o Sérgio Moro pelo convite para assumir o cargo de Ministro da Justiça. Desejo-lhe sorte nas novas funções. Moro sempre foi um juiz federal exemplar e que muito contribuiu para o fortalecimento da Justiça Federal””, afirmou Mendes.

A Operação Lava-Jato seguirá com os juízes de Curitiba. Moro afirmou que se afastará das novas audiências e que mais detalhes serão fornecidos em coletiva de imprensa na próxima semana.

Ele já não participará de audiência com o ex-presidente Luiz Inácio Lula da Silva (PT) no próximo dia 14, que deverá ficar a cargo da juíza substituta Gabriela Hardt.

O novo titular definitivo da Lava-Jato ainda será definido.

Supremo

O juiz federal Sérgio Moro ficará no superministério da Justiça o tempo que desejar e será indicado para o Supremo Tribunal Federal (STF) sob a condição de deixar “um bom sucessor”. A afirmação é do próprio Bolsonaro que, mais uma vez, elogiou o magistrado e disse que não interferirá nas ações dele.

A intenção do presidente eleito é que Moro assuma uma vaga no Supremo. A próxima oportunidade ocorrerá em novembro de 2020, quando o ministro Celso de Mello, decano da Corte, aposenta-se aos 75 anos. Depois, haverá a substituição do ministro Marco Aurélio Mello, que também será aposentado por idade.

Bolsonaro disse que “não há nada combinado” com o juiz federal, mas que pretende seguir seu coração. “Não tem nada combinado, mas o coração meu na frente, ele [Moro] tendo um bom sucessor, está aberto para ele [no STF]”, disse. E comparou Moro a um soldado que vai para a batalha. “Ele está indo à guerra sem medo de morrer.”

Interferência

O presidente eleito negou que protegerá aliados de eventuais processos e investigações. “Se tiver problema, vai para o pau. Não tenho menor problema com isso”, disse. Bolsonaro reiterou que Moro terá “total liberdade” para escolher sua equipe e indicou que não pretende interferir nas ações do superministério da Justiça. “Não vai sofrer qualquer interferência.”

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