O presidente da Câmara dos Deputados, Rodrigo Maia (DEM-RJ), disse que haverá presença de 460 deputados na votação do processo de cassação do deputado Eduardo Cunha (PMDB-RJ). Pressionado pelas perguntas a respeito de haver quórum justamente em uma sessão em plena campanha eleitoral, Rodrigo Maia disse que a data de 12 de setembro, dia da votação, tem “a sua racionalidade”. Segundo ele, a data vai ao encontro do desejo da sociedade, de encerrar o caso do peemedebista antes das eleições municipais.
“Vai ter quórum todos os dias”, afirmou Maia, ao ser questionado por diversos jornalistas se ele acreditava que deputados compareceriam às sessões marcadas no período eleitoral. Momentos antes, ele havia se negado a responder sobre as críticas dos opositores de Cunha à data fixada. Ele disse que já havia respondido sobre o assunto e encerrou uma entrevista. Mas depois, acabou falando sobre o caso.
A oposição tem criticado Maia por ter marcado a votação da cassação para depois da conclusão do processo de impeachment da presidenta afastada Dilma Rousseff, como deseja o Planalto e a base aliada do presidente interino Michel Temer. O temor é que Cunha retalie o governo após ser cassado e que isso prejudique o processo de Dilma.