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O presidente da Fifa disse que a entidade já se decidiu pelo novo formato do Mundial de Clubes, com 24 times

"As reservas da Fifa, que estão lá para o desenvolvimento global do futebol, permanecerão intocadas", diz Infantino. (Foto: Divulgação/Uefa)

Em entrevista nesta semana durante o Mundial de Clubes em Doha (Catar), o suíço Gianni Infantino, presidente da Federação Internacional de Futebol (Fifa), reiterou que a entidade mantém o planejamento do novo formato da competição com 24 clubes.

A fórmula seria a inclusão de oito times da Europa, seis da América do Sul e as outras dez vagas a serem distribuídas às demais confederações. A ideia é que a competição ocorra uma vez a cada quatro anos, com fase de grupos (três, com oito equipes cada) e mata-mata.

O novo formato seria adotado já em 2021, na China, mas a pandemia do novo coronavírus atrapalhou os planos da Fifa. Para a edição deste ano do torneio, prevista para dezembro, o formato seguirá o mesmo dos últimos anos. O torneio será disputado no Japão.

Ainda segundo Infantino, um dos desafios é encontrar a melhor forma de encaixar a competição no calendário esportivo. Mas ele garante que o martelo já está batido:

“Já decidimos que o novo Mundial de clubes terá 24 equipes de todos os continentes. Ainda temos que trabalhar no processo de encontrar datas, e esse não é um desafio fácil, ainda mais em um período em que tudo está parado por conta da pandemia. Se tivermos de esperar mais um ano, assim faremos”.

De acordo com a imprensa europeia, a data mais provável de realização do torneio, hoje, é nos meses anteriores à Copa do Mundo do Qatar, em 2022. O novo Mundial foi pensado, originalmente, como competição substituta à extinta Copa das Confederações, que ocorria no mesmo período.

“Queremos focar em uma competição a nível mundial, ter mais do que apenas um clube de cada confederação, por exemplo”, prossegui. “Isso se deve ao fato de que um número maior de participantes atende à necessidade de se elevar o nível do futebol dos clubes ao redor do mundo.”

Reconhecimento

O Fluminense informou que fará uma nova solicitação junto à Fifa para ser reconhecido oficialmente como campeão mundial pelo título da Copa Rio de 1952. Com o apoio da Confederação Brasileira de Futebol (CBF), o clube vai enviar novamente o dossiê para que a conquista seja reconhecida.

O trabalho, iniciado em 2012, quando diversas ações foram criadas para dar luz à discussão, teve novo movimento na semana passada, após reunião entre o presidente do clube, Mário Bittencourt, e o presidente da CBF, Rogério Caboclo.

Mas essa não foi a primeira vez em que o dois discutiram o assunto. Em outubro do ano passado, durante visita à sede de Laranjeiras, Caboclo chegou a ser levado por Mário à exposição especial do título, localizada na Sala de Troféus do Tricolor. O presidente do Flu pediu apoio ao mandatário da CBF junto à Conmebol e Fifa, para que o Fluminense seja reconhecido como campeão mundial.

Desde 2012, ano em que marcou os 60 anos da Copa de 1952, o Fluminense vem fazendo uma série de ações para valorizar a conquista, como descreve o responsável pelo Flu-Memória, Dhaniel Cohen,

A Copa Rio de 1952 foi disputada no Rio de Janeiro por oito equipes de sete países da América do Sul e da Europa: Áustria Viena (Áustria), Corinthians, Grasshopper (Suíça), Libertad (Paraguai), Peñarol (Uruguai), Saarbrucken (Alemanha) e Sporting (Portugal).

Todos os times estrangeiros haviam sido campeões ou vice-campeões de seus países no ano anterior. Flu e Corinthians, por sua vez, haviam vencido os campeonatos carioca e paulista, respectivamente, de 1951. O Tricolor bateu o Timão na final e venceu o torneio de forma invicta. Foi a segunda edição da competição. A primeira, no ano anterior, foi vencida pelo Palmeiras.

O Fluminense considera a conquista como um título mundial, apesar de ainda não ter havido reconhecimento oficial da Fifa. Inclusive, exibe a taça em sua sede com a inscrição “Campeão Mundial Copa Rio 1952”. O status de título mundial para o torneio causa debate não só em relação aos tricolores, mas também com o Palmeiras.

Campeão da primeira edição, de 1951, a equipe chegou a ter um documento da Fifa reconhecendo o título. Posteriormente, no entanto, a entidade afirmou só reconhecer os disputados após 2000.

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