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Após testemunhar por dois anos “tragédias devastadoras”, o príncipe William deixa de ser piloto de helicópteros de resgate para se dedicar às obrigações reais

William contou que a experiência serviu para fazê-lo tomar maior consciência dos problemas de saúde mental, uma causa pela qual ele, sua esposa, Kate, e seu irmão, príncipe Harry, trabalham. (Foto: AFP)

Após testemunhar por dois anos “tragédias devastadoras”, o príncipe William deixou nesta quinta-feira (27) de ser piloto de helicópteros de resgate, para se dedicar às obrigações reais.

Segundo na linha de sucessão do trono do Reino Unido depois de seu pai, o príncipe Charles, o duque de Cambridge anunciou o fim de sua breve carreira de piloto ao completar um último turno noturno no leste da Inglaterra.

A decisão é anunciada no momento em que sua avó, a rainha Elizabeth II, e seu marido, o duque de Edimburgo, começam a dar cada vez mais espaço às novas gerações em termos de obrigações protocolares.

Ao comentar seu trabalho ao lado da equipe médica de emergência que opera de uma base aérea em Cambridge, William elogiou a dedicação de seus companheiros.

“Como parte da equipe, pude compartilhar momentos de extrema emoção, desde o alívio que às vezes conseguimos levar, ao profundo pesar”, escreveu o príncipe em um editorial publicado pelo jornal The Eastern Daily Press. “Atuamos em incidentes muito difíceis e, juntos, nós compartilhamos momentos incrivelmente difíceis. Testemunhamos tragédias devastadoras”, relatou William.

Entre outras experiências desafiadoras, o filho mais velho do príncipe Charles mencionou o “dia incrivelmente difícil”, quando foi chamado para atender a um suicídio.

William contou que a experiência serviu para fazê-lo tomar maior consciência dos problemas de saúde mental, uma causa pela qual ele, sua esposa, Kate, e seu irmão, príncipe Harry, trabalham.

Antes de seu último dia de trabalho, William foi elogiado “não apenas como um piloto fantástico, mas também como um membro valioso e querido da tripulação”, por Patrick Peal, chefe da East Anglian Air Ambulance.

Presença da mãe

No início da semana, William contou que mantém  a memória de sua mãe viva [a princesa Diana] para seus filhos, George e Charlotte, é uma preocupação do príncipe William. “Falo constantemente sobre a vovó Diana para eles”, revelou ele em um documentário do canal britânico ITV que relembra a princesa, 20 anos após sua morte.

Em seu depoimento, o duque de Cambridge contou que tem fotos da mãe espalhadas pela casa, uma forma de fazer com que a imagem de Diana esteja sempre presente na vida das crianças.

Ele explicou que, como sua mulher, a duquesa de Cambridge, Kate Middleton, não chegou a conhecer Diana pessoalmente – o casal se conheceu em 2001, quando estudavam História da Arte na mesma universidade –, ela não é capaz de dar muitos detalhes sobre sua sogra para George, de 4 anos, e Charlotte, de 2.

Assim, a missão cabe principalmente ao príncipe William, de 35 anos. Ele tinha apenas 15 quando sua mãe foi vítima de um acidente de carro em Paris, em 31 de agosto de 1997. Hoje, é o segundo na linha de sucessão do trono, atrás de seu pai, o príncipe Charles.

“Frequentemente os coloco para dormir e falo sobre ela, tento lembrá-los que eles têm duas avós”, disse. “É importante que eles saibam que ela existiu e quem ela era.” (AG)

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