O Brasil, maior exportador global de carne bovina, deixa de exportar 1.200 contêineres de produto por dia, em função das consequências dos protestos de caminhoneiros que paralisam o transporte em boa parte do País, afirmaram em comunicado conjunto as associações do setor Abiec e ABPA (Associação Brasileira de Proteína Animal).
A ABPA alertou que, caso os protestos de caminhoneiros continuem, há risco de falta de produtos para os consumidores, de contratos de exportação serem cancelados e de animais morrerem no campo por falta de insumos.
“Os bloqueios impedem o transporte de aves e suínos vivos, ração e cargas refrigeradas destinadas ao abastecimento das gôndolas no Brasil ou para exportações”, destacou a ABPA em nota, acrescentando que já há relatos de unidades produtoras com turnos de abates suspensos.
“Os prejuízos para o setor produtivo e para o País são incalculáveis”, disse a associação que representa mais de 140 agroindústrias e entidades vinculadas à avicultura e à suinocultura.
Nesta quarta-feira (23), caminhoneiros voltaram a protestar em rodovias federais e estaduais.
A categoria pede a redução do valor do óleo diesel, que tem tido altas consecutivas nas refinarias. Segundo a Agência Nacional do Petróleo, do Gás Natural e dos Biocombustíveis, o preço médio do diesel nas bombas já acumula alta de 8% no ano. O valor está acima da inflação acumulada no ano, de 0,92%, de acordo com o IBGE (Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística).