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O PSDB sai do governo se Temer for cassado no Tribunal Superior Eleitoral e recorrer

FHC reforça sua preocupação com a economia. (Foto: Reprodução)

O PSDB não terá como ficar ao lado de Michel Temer (PMDB) caso o presidente recorra de uma eventual cassação no TSE (Tribunal Superior Eleitoral), ou faça uso de medidas protelatórias no julgamento enquanto a crise política segue aguda. Na avaliação dos tucanos, qualquer um dos cenários ameaça a retomada econômica – e, consequentemente, as chances eleitorais governistas em 2018.

De seu lado, Temer cobra do PSDB lealdade, já que o partido passou a semana passada dedicado a elaborar cenários com e sem seus aliados para disputar a eleição indireta decorrente da eventual queda do presidente. Esse foi o tom geral da conversa entre Temer e o patrono do tucanato, o ex-presidente Fernando Henrique Cardoso, em um hotel paulistano na noite de segunda (29).

Estiveram presentes também Moreira Franco (Secretaria-Geral da Presidência) e o senador Tasso Jereissati (CE), presidente interino do PSDB e principal nome do partido para compor chapa, na cabeça ou na vice, no caso de uma eleição indireta. A discussão não incluiu, obviamente, novos passos na Lava Jato, como a perda nesta terça (30) do foro privilegiado de Rodrigo Rocha Loures, homem de confiança de Temer acusado de receber propina em seu nome.

FHC reforçou sua preocupação com a economia, que acabou ancorada na expectativa criada pelo próprio Planalto de que a aprovação de reformas como a da Previdência seria vital para garantir a saída da recessão. Na mesma segunda, o boletim de análises de mercado agregadas pelo Banco Central apontou, pela primeira vez em 11 semanas, uma interrupção no otimismo da praça. Avaliações de inflação e de crescimento do PIB tiveram discreta piora. O foco possível neste momento, defendido pelos tucanos, é o de tentar fazer avançar a agenda econômica no Congresso com a aprovação de reformas estruturais.

 

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