Junichiro Hironaka, principal advogado de Carlos Ghosn, confirmou que não sabia da viagem e afirmou que soube da fuga do cliente pela televisão e que ficou perplexo com as notícias.
Em princípio, a Direção Geral de Segurança do Líbano confirmou a legalidade da entrada no país, afirmou que nenhuma medida impunha “a adoção de procedimentos contra ele” e que nada “o expõe a uma ação legal”.
Na quinta (2), o Líbano recebeu um mandado de prisão da Interpol. O país não tem acordo de extradição com o Japão.
A secretária de Estado da França para a Economia, Agnès Pannier-Runacher, declarou que o empresário não será extraditado se vier para o país.
“A França nunca extradita seus cidadãos, então aplicaremos a Ghosn as mesmas regras que aplicamos para todos. Não é por isso que achamos que ele não deva ser julgado pela Justiça japonesa. “Ninguém está acima da lei”, declarou, em entrevista ao canal BFMTV.
Prisão
Carlos Ghosn foi preso no Japão no dia 19 de novembro de 2018 e, desde então, deixou a presidência do conselho das três montadoras que comandava: da Nissan, da Mitsubishi e da Renault. Ele responde a quatro acusações de crimes financeiros.
Ele foi solto sob pagamento de fiança em março de 2019, após mais de 100 dias detido, mas acabou preso novamente em abril, por novas acusações das autoridades. No mesmo mês, foi solto após pagamento de fiança de US$ 4,5 milhões, valor equivalente a R$ 17,8 milhões. E agora aguardava o julgamento, previsto para 2020.