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O Reino Unido e a União Europeia divergem sobre os direitos dos cidadãos

Negociador britânico do "brexit", David Davis, cumprimenta o representante europeu, Michel Barnier. (Foto: Thierry Charlier/AFP)

A primeira rodada completa de negociações sobre o “brexit” entre o representante do Reino Unido, David Davis, e o da UE (União Europeia), Michel Barnier, trouxe pouco comprometimento de ambas as partes a respeito dos principais temas em debate.

Ambos disseram que os quatro dias de discussões foram “construtivos” e que as conversas foram “robustas” e ajudaram a “construir uma confiança” mútua. Mas eles também confirmaram “divergências fundamentais” sobre como proteger os direitos dos cidadãos europeus que vivem no Reino e dos britânicos que vivem na UE.

Um dos pontos levantados foi o de que os britânicos que vivem na União Europeia poderiam perder o direito de morar em outro Estado-membro da UE após o “brexit”.

Durante as discussões, a União Europeia deixou claro que não mudaria de posição sem uma oferta recíproca dos britânicos para que os europeus que vivem no Reino Unido tenham a permissão para se deslocar para algum país do bloco e retornar a suas casas.

O debate ressalta a incerteza enfrentada por quase 5 milhões de britânicos e europeus que se encontram nessa situação. Cerca de 1,2 milhão de cidadãos do Reino Unido vivendo na UE poderiam ser afetados.

Autoridades de Bruxelas disseram que estavam prontas para analisar a questão, mas Londres teve que fazer uma oferta recíproca para proteger os 3,5 milhões de cidadãos da UE que vivem no Reino Unido.

Uma fonte próxima das negociações relatou que as duas partes estão de acordo sobre 50% das questões envolvendo os direitos dos cidadãos.

O governo britânico propôs o “status de estabelecido” para os cidadãos da UE, mas isso seria perdido se uma pessoa deixasse o Reino Unido por mais de dois anos, a menos que pudesse provar que possuía vínculos fortes com o país.

A UE está buscando uma garantia que permita aos cidadãos europeus se reassentarem no Reino Unido após um período indefinido vivendo em outro país europeu. (Folhapress)

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