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O temor de ala do PT sobre a união entre partidos de centro-direita

O presidente do Republicanos, Marcos Pereira, se reuniu recentemente com o presidente do MDB, Baleia Rossi, para discutir uma possível federação entre as siglas. (Foto: Reprodução)

Após a formação do mega bloco composto por União Brasil e Progressistas, a próxima aliança que está avançando é entre MDB e Republicanos, ambos com ministérios no governo Lula. Um importante integrante do PT admitiu que o partido está atrasado na discussão com a esquerda. “A realidade vai se impor, estamos errando, eles estão tomando a dianteira”, disse à coluna da jornalista Marcela Rahal, da revista Veja.

O movimento pela união de siglas vem se consolidando como uma forma de poder. A chamada União Progressista se tornou a maior bancada do Congresso, seguida pelo PL.

“Foi uma sacada de mestre, muda de patamar”, disse o petista. Caso as legendas comandadas pelos deputados Marcos Pereira e Baleia Rossi se unam, ficariam na terceira posição. Sem contar, o dinheiro do fundo eleitoral que também cresceria.

Outra frente que está quase certa é a fusão entre Podemos e PSDB, que ainda cogita entrar em alguma federação após a união. Neste caso, um dos partidos teria que ser incorporado ao outro.

Com tantos movimentos de centro-direita buscando alianças para as eleições de 2026, o PT e a esquerda vão ficando pra trás, sem a ajuda da sonhada Frente Ampla para o próximo pleito. O ideal é que esse debate já estivesse acontecendo internamente, mas ainda nem começou.

Enquanto isso, o governo patina na popularidade e se vê cada vez mais sem saída. Para piorar o cenário, o desgaste provocado pelo escândalo dos desvios bilionários nos descontos dos beneficiários do Instituto Nacional do Seguro Social (INSS) cresce com a possibilidade da instalação de uma CPMI (comissão parlamentar mista de inquérito) para investigar as fraudes.

Federação

O presidente do Republicanos, deputado federal Marcos Pereira (SP), disse ao site Poder360 que voltará a se reunir com o presidente do MDB (Movimento Democrático Brasileiro), deputado Baleia Rossi (SP), “em breve”. Eles discutem uma possível federação entre as siglas.

Os caciques já se encontraram em 6 de maio, no Congresso, para tratar do tema. Local, dia e horário da nova reunião ainda serão definidos. Marcos Pereira e Baleia Rossi tentam resolver disputas envolvendo líderes regionais das legendas para avançar nas negociações.

Na Bahia, por exemplo, os partidos integram lados opostos da política local. Os emedebistas compõem a base do governo Jerônimo Rodrigues (PT), enquanto os republicanos integram a oposição do Executivo baiano.

A federação entre as legendas pode colocar o Republicanos e o MDB como uma das forças mais expressivas da política nacional.

Caso o acordo se concretize, ficariam em número de congressistas atrás só do PL e da federação União Progressista, composta pelo União Brasil e o Progressistas.

A nova federação ficaria com o seguinte número de cargos:

– governadores – 5 (2 do MDB e, do Republicanos, 3);

– senadores – 15 (11 do MDB e, do Republicanos, 4);

– deputados federais – 87 (43 do MDB e, do Republicanos, 44);

– prefeitos – 1304 (864 do MDB e, do Republicanos, 440).

Além da questão da influência dos partidos, a união serviria para aumentar o recebimento de recursos públicos para campanha das legendas, aumentando as chances de seus políticos terem sucesso em disputas contra opositores. As informações são da revista Veja e do site Poder360.

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