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O Tribunal Superior Eleitoral começou a distribuir ao ministro Luís Roberto Barroso as ações que contestam o registro da candidatura de Lula

(Foto: SCO/STF)

O TSE (Tribunal Superior Eleitoral) já começou a encaminhar ao ministro Luís Roberto Barroso as ações que contestam o registro da candidatura do ex-presidente Luiz Inácio Lula da Silva à Presidência da República. Admar Gonzaga era relator de quatro processos apresentados de forma autônoma da solicitação do líder petista e pediu que a presidente da Corte, ministra Rosa Weber, determinasse a redistribuição.

Até o momento, dois processos já foram enviados ao magistrado. São as ações do advogado e professor universitário Marcelo Feliz Artilheiros e do advogado Fernando Aguiar dos Santos.

A decisão de redistribuir a relatoria dos processos é tomada após Rosa manter Barroso como relator do registro de candidatura do petista na quinta-feira, após questionamento apresentado pela defesa de Lula.

O registro do ex-presidente já é alvo de impugnação da PGR (Procuradoria-Geral da República), já que ele foi condenado por corrupção passiva e lavagem de dinheiro pelo TRF-4 (Tribunal Regional Federal da 4ª Região), em segunda instância. Essa situação enquadra o petista na Lei da Ficha Limpa.

Diante da definição da Corte, já era esperado que Gonzaga abrisse mão dos processos, para que o caso fique concentrado com Luís Roberto Barroso, pela “dependência” entre as ações. Já são sete ações que contestam o registro do petista.

As ações de impugnação apresentadas pela PGR, pelo também candidato à Presidência da República Jair Bolsonaro (PSL) e pelo Partido Novo já estão com o ministro-relator desde o início. Isso porque foram apresentadas no âmbito do processo de registro de Lula.

Pesquisa

Sem a presença do ex-presidente no pleito, o deputado federal Jair Bolsonaro (PSL) mantém a liderança na pesquisa de intenções de voto realizada pelo Ipespe (Instituto de Pesquisas Sociais, Políticas e Econômicas) contratada pela XP Investimentos. Ele oscila entre 21% e 23% em dois cenários simulados pelo levantamento.

A diferença na abordagem está na forma de apresentação do ex-prefeito de São Paulo, Fernando Haddad, provável substituto de Lula nas urnas (caso o líder petista seja impedido e concorrer): quando o nome de Haddad é citado sozinho, ele saiu de 3% para 7% em relação ao levantamento anterior – apesar desse crescimento, ele segue atrás de Ciro Gomes (8%), Geraldo Alckmin (9%) e Marina Silva (11%).

Já quando Haddad é apresentado como “apoiado por Lula”, ele chega a 15% das intenções de voto e assume a vice-liderança. Neste cenário, Marina e Alckmin estão empatados com 9% e Ciro Gomes soma 7% da preferência do eleitor. Nos duas abordagens com o nome do ex-prefeito de São Paulo, “ninguém/branco/nulo” representam 24% das opiniões dos entrevistados.

Já no cenário que considera Lula como candidato, o ex-presidente lidera com 31%, seguido por. Bolsonaro com 20%. Já a quantidade de pessoas que responderam “ninguém/branco/nulo” cai para 13%. Na concorrência com o ex-presidente, Alckmin conta com 9%, Marina tem 8% e Ciro Gomes soma 7%.

 

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