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O Tribunal Superior Eleitoral rejeitou impedimento de ministro que trabalhou para a campanha Dilma-Temer

Gonzaga afirmou que desde 2013 não atua mais em causas eleitorais e defendeu seu direito de votar no julgamento, no que foi apoiado pelos colegas. (Foto: Reprodrução)

O TSE (Tribunal Superior Eleitoral) rejeitou, por unanimidade, na tarde dessa sexta-feira, um pedido do Ministério Público Federal para impedir o ministro Admar Gonzaga de votar no julgamento da chapa Dilma-Temer. O pedido foi feito pelo vice-procurador-geral eleitoral, Nicolao Dino, na retomada da sessão, pouco depois das 15h.

Dino alegava que Gonzaga advogou para a campanha da ex-presidenta Dilma Rousseff em 2010, que teria sido contaminada com recursos ilegais, conforme provas do processo que analisa a campanha de 2014. Gonzaga afirmou que desde 2013 não atua mais em causas eleitorais e defendeu seu direito de votar no julgamento, no que foi apoiado pelos colegas.

O pedido de Dino levou o presidente do TSE, Gilmar Mendes, a fazer uma reprimenda. Irritado, ele disse que, se o Ministério Público já sabia da informação, deveria ter se manifestado no início do processo, e não no final, para “surpreender” a Corte.

O Ministério Público tem que se pautar também pelo princípio da lealdade processual. Ele não pode surpreender o tribunal. Este fato não é conhecido do Ministério Público neste momento, é preciso que o Ministério Público assuma o seu papel e respeite o tribunal”, disse Mendes.

O presidente do TSE afirmou que o procurador eleitoral estava se pautando por publicações em blogs desta sexta-feira. “Não se pode agir coagindo o tribunal ou fazendo jogo de mídia. (…) Vossa excelência hoje trouxe uma questão que está sendo colocada nos blogs de agora à tarde”, afirmou Gilmar Mendes.

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