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“O uso da força na Venezuela será necessário de alguma maneira”, disse Eduardo Bolsonaro

O deputado Eduardo Bolsonaro disse que aceitaria o convite para ocupar o posto de embaixador do Brasil nos Estados Unidos. (Foto: Reprodução/Twitter)

O deputado federal Eduardo Bolsonaro (PSL-SP) disse nesta sexta-feira (22) que, para tirar o presidente Nicolás Maduro do poder, “de alguma maneira vai ser necessário o uso da força na Venezuela”. A declaração foi dada em entrevista ao jornal chileno La Tercera.

O parlamentar viajou ao Chile acompanhando o pai, o presidente Jair Bolsonaro, que participou em Santiago da cúpula de criação do Prosul (Foro para o Progresso da América do Sul). Mais tarde, após a realização da cúpula, Eduardo Bolsonaro recuou ao falar com jornalistas.

Na entrevista, Eduardo criticou Maduro e disse que “todas as opções estão sobre a mesa” para resolver a crise no país vizinho, repetindo assim declarações do presidente norte-americano Donald Trump, que já indicou a possibilidade de realizar uma ação militar contra Caracas.

“Ninguém quer uma guerra, a guerra é ruim. Haverá vidas perdidas e consequências colaterais, mas Maduro não vai sair do poder de maneira pacífica”, afirmou o deputado brasileiro. “De alguma maneira, será necessário o uso da força, porque Maduro é um criminoso”, disse.

“Não estamos tratando com um democrata, com uma pessoa aberta ao diálogo, e sim uma pessoa que faz sua população morrer de fome e quer continuar no poder”, afirmou o brasileiro. Eduardo defendeu que qualquer ação contra Maduro, porém, deve antes ter o apoio das Forças Armadas da Venezuela.

“Tem que ser uma medida feita pelos venezuelanos, mas não há um prazo definido. O pior que pode acontecer é permitir que Maduro siga no poder, porque todos os dias morre gente”, completou o filho do presidente. O deputado afirmou ainda que o regime de Maduro está fazendo “nascer uma nova Cuba, mas mais forte, com petróleo”.

Depois, ele disse que, ao se referir ao “uso da força” durante a entrevista ao La Tercera, estava “comentando a mensagem de Trump, que diz que todas as cartas estão sobre a mesa”. “Mas o Brasil não pensa nisso. O presidente e os generais que estão a cargo disso dizem que a intervenção militar não é uma opção.”

Ao chegar à capital chilena na quinta-feira (21), o presidente Jair Bolsonaro voltou a afirmar que por enquanto descarta o uso da força contra Maduro enquanto existirem opções diplomáticas para pressionar o regime. A possibilidade de uma intervenção estrangeira na Venezuela enfrenta resistência na ala militar do governo brasileiro, que é contrária a qualquer ação que extrapole a ajuda humanitária na fronteira.

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