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Mundo O velório do ex-presidente Alan García, que se suicidou por causa de propina da empreiteira Odebrecht, reuniu uma multidão no Peru

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Suicídio de investigado no caso Odebrecht gera comoção entre aliados. (Foto: Reprodução)

O velório do ex-presidente Alan García reuniu uma multidão de aliados e apoiadores na cidade de Lima, capital do Peru, em clima de comoção. O político de longa carreira se suicidou na quarta-feira (17) durante uma operação policial que o levaria da sua casa à prisão, em decorrência das investigações sobre seu suposto envolvimento em atos de corrupção no caso Odebrecht.

Segundo o jornal “El Comercio”, os restos mortais de García foram levados do hospital onde ele morreu, no distrito de Miraflores, à Casa do Povo, a principal sede do seu partido, a Apra (Aliança Popular Revolucionária Americana).

Ao redor, uma multidão com celulares e flores cercou o caixão que levava o corpo do ex-presidente. A sua família optou por realizar o velório em caráter privado, apenas para amigos e parentes do ex-presidente, ainda de acordo com o jornal El Comercio.

Quando García foi, na quarta, levado ao hospital, onde foi submetido a uma cirurgia antes de morrer em decorrência de três paradas cardíacas, dezenas de seus simpatizantes, amigos e políticos correram ao local para expressar indignação e tristeza. Algumas pessoas choravam e entoavam cantos de tom político em favor do Apra.

“García tomou uma decisão de dignidade e honra, um ato de honra em face de uma perseguição fascista”, ontem Mauricio Mulder, deputado do Apra e aliado do ex-presidente.

O caso contra García faz parte da chamada Lava-Jato peruana e avançou após a  delação premiada  do advogado brasileiro José Américo Spinola,que afirmou no Brasil ter pago US$ 100 mil a García a pedido da Odebrecht . O ex-presidente afirmava que recebera o dinheiro como pagamento de uma palestra feita na Fiesp, em São Paulo, sem nenhuma relação com corrupção.

Em 2013, García havia sido inocentado por falta de provas em uma primeira investigação envolvendo o pagamento dos US$ 100 mil, mas sua situação se complicou com revelações recentes de que o secretário da Presidência do seu último governo, Luis Nava, teria recebido US$ 4 milhões como propina da Odebrecht pela obra do metrô de Lima. O dinheiro seria destinado ao ex-presidente.

Além de García, a investigação sobre subornos da Odebrecht no Peru envolve também os ex-presidentes Alejandro Toledo (2001-2006), Ollanta Humala (2011-2016) e Pedro Pablo Kuczynski (2016-2018). Todos estão sob investigação do Ministério Público peruano.

Em fevereiro, a Odebrecht assinou um acordo de cooperação com a Procuradoria peruana para ampliar as investigações sobre pagamentos ilícitos no país andino.Ficou então definido que a empresa teria que pagar cerca de US$ 182 milhões como compensação civil ao Estado peruano, com base em quatro licitações que venceu mediante o pagamento de subornos a autoridades locais. A empreiteira já admitira em 2016 que havia pagado propinas na casa dos US$ 29 milhões entre 2005 e 2014 no país.

O Peru é o oitavo país com o qual a Odebrecht firmou um acordo de colaboração. Negociações semelhantes ocorreram com o Brasil, os Estados Unidos, a Suíça, a República Dominicana, o Panamá, o Equador e a Guatemala.

 

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