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O voto facultativo em debate

Maioria ficou como suplente na última eleição e tenta ser eleita agora por um município diferente. (Foto: Reprodução)

Ilimar Franco

Mesmo que não seja aprovado na retomada da votação da reforma política na Câmara, haverá um debate sobre a adoção do voto facultativo. O relator, Rodrigo Maia (DEM), vai defendê-lo. Sua intenção é tornar o voto um direito, como nos Estados Unidos e na Europa, e não uma obrigação. As estatísticas indicam que a mudança afeta pobres, jovens e desempregados.

Aqui e em outros lugares
O voto facultativo não existe legalmente no País, mas é adotado na prática. A rejeição aos candidatos e à política se manifesta quando os eleitores votam em branco, anulam seu voto ou se abstêm de ir às urnas. A multa para justificar o voto é irrisória, e aqui no Rio isso pode ser feito, por exemplo, indo-se a Niterói. A experiência internacional é a da redução desse não voto nos pleitos mais acirrados. Aqui, a lógica tem sido em função do perfil dos contendores. Nas eleições de FH, foram 32% e 36%. Nas de Lula, 25% e 24%. E 27% nos dois pleitos da presidente Dilma. Os adversários do voto facultativo consideram que isso vai enfraquecer a credibilidade dos eleitos.

Alternativa
Abolida a proposta de sabatina dos presidentes de estatais, o presidente da Fundação Ulysses Guimarães, Moreira Franco, está sugerindo que eles sejam obrigados a apresentar um plano de trabalho e a prestar contas anualmente.

Na sombra de Arraes
O desacordo nos Estados cria obstáculos à fusão PSB-PPS. Um dos exemplos simbólicos é o Paraná. O atual presidente regional, Severino Nunes de Araújo, não abre mão de manter sua posição. Ele foi fundador do novo PSB, ao lado de Arraes. Mas o líder do PPS, deputado Rubens Bueno, acha que deve assumir a direção.

Correndo atrás
A bancada socialista no Senado convidou os senadores Paulo Paim (PT) e Alvaro Dias (PSDB) para um almoço na terça-feira. Vai sondá-los sobre uma migração para o PSB.

Vestindo a camisa
Auditores do TCU estimulam, nas redes sociais, o movimento #vemprarampa. Querem engrossar protesto na Corte em 17 de junho, quando serão julgadas as contas de 2014 da presidente Dilma Rousseff. A ideia é pressionar os ministros para rejeitar as pedaladas fiscais.

Agenda própria
Setores do PT vão pedir a aprovação do apoio à desmilitarização das polícias no congresso do partido. A medida está fora do pacote que será lançado pelo ministro José Eduardo Cardozo (Justiça).

Na balança
Caso o PP desembarque do blocão do presidente da Câmara, Eduardo Cunha (PMDB), são 40 deputados a menos. Mas Cunha mantém a maior bancada (112), duas vezes maior que a segunda, a do PT (63).

Com Amanda Almeida, sucursais e correspondentes

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