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Organização para a Cooperação e Desenvolvimento Econômico reduz previsão de crescimento do PIB mundial, mas aumenta a do Brasil

Levantamento da Austin Rating coloca o desempenho da economia brasileira atrás de Holanda, México e Suécia e à frente da Espanha. (Foto: Reprodução)

A OCDE (Organização para a Cooperação e Desenvolvimento Econômico) está pessimista com o avanço da variante Delta do novo coronavírus, isso fez com que a previsão de alta global do PIB (Produto Interno Bruto) em 2021 caísse de 5,8% para 5,7% em relatório divulgado na terça-feira (21).

O Brasil, no entanto, inspira otimismo na organização, que elevou de 3,7% para 5,2% a expectativa de alta no indicador para 2021. A previsão está em linha com a feita pelo FMI (Fundo Monetário Internacional), de 5,3%, igual ao esperado pelo Ministério da Economia.

A organização disse que a expansão global vai então desacelerar a 4,5% em 2022, um décimo a mais que a previsão de maio, indica a organização que tem sede em Paris.

A rápida recuperação levou o Produto Interno Bruto de volta aos níveis pré-Covid, embora a atividade ainda esteja atrasada em muitos países em desenvolvimento onde as taxas de vacinação permanecem baixas, disse a OCDE.

“As brechas de produção e emprego prosseguem em muitos países, especialmente nas economias de mercado emergentes e em desenvolvimento, onde os índices de vacinação são reduzidos”, destaca.

EUA, China e Europa

A organização reduziu em 0,9 ponto percentual a previsão de crescimento dos Estados Unidos em 2021 na comparação com as projeções de maio, para uma alta de 6% do PIB (Produto Interno Bruto), mas aumentou a previsão para a zona do euro (5,3%, +1 ponto percentual).

Para a China, motor da economia mundial, foi mantida a previsão de crescimento para o ano em curso em 8,5%.

A Alemanha foi a única das principais economias europeias a sofrer uma redução na previsão de crescimento, para 2,9% (-0,4), diferente de França (6,3%, +0,5), Itália (5,9%, +1,4) e Espanha (6,8%, +0,9).

Na América Latina, México (6,3%, +1,3 p.p.) e Argentina (7,6%, +1,5 p.p.) tiveram suas projeções elevadas.

Brasil

Para o Brasil, a OCDE projeta um crescimento de 5,2% em 2021, ante projeção de 3,7% divulgada no relatório de maio. Já para 2022, a estimativa de alta do PIB brasileiro em 2022 foi reduzida de 2,5% para 2,3%.

Ainda que abaixo da média global, a OCDE projeta uma taxa de crescimento da economia brasileira ainda bem superior ao que o mercado agora espera.

Segundo o último Boletim Focus do Banco Central, os economistas do mercado financeiro brasileiro mantiveram a estimativa de crescimento do Produto Interno Bruto (PIB) em 5,04% para 2021. Para 2022, o mercado baixou a previsão de alta do PIB de 1,72% para 1,63%.

Inflação no mundo e no Brasil

Sobre a inflação, as previsões da OCDE apontam 3,6% em 2021 nos Estados Unidos, 2,1% na zona do euro, 5,4% no México e 7,2% no Brasil, enquanto a Turquia deve registrar inflação de 17,8% e a Argentina de 47%.

Alimentada pela recuperação da demanda por bens e por apertos na cadeia de oferta, a inflação deve atingir o pico ao final do ano, em uma média de 4,5% no grupo das 20 principais economias, antes de enfraquecer a 3,5% até o fim de 2022.

“Pensamos que é um fenômeno temporário”, afirmou o secretário-geral da organização, Mathias Cormann.

A OCDE aconselhou os bancos centrais a manterem a política monetária frouxa, mas ao mesmo tempo oferecerem orientação clara sobre até onde podem tolerar a alta da inflação. As informações são agência de notícias AFP.

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