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Olimpíada: polícia localiza atleta de Uganda que havia sumido em Tóquio

No Japão, estão previstas restrições de movimentos para todos os participantes dos Jogos. (Foto: Reprodução)

Julius Ssekitoleko, um levantador de peso de Uganda que viajou para participar das Olimpíadas de Tóquio, foi localizado quatro dias depois de desaparecer dos treinos no Japão. Ele havia sumido e deixado em seu quarto um bilhete afirmando que queria encontrar um emprego, informou a polícia nesta terça-feira (20).

Um policial de Osaka informou que Ssekitoleko foi encontrado em uma casa na cidade de Mie. Depois ele foi encaminhado para a prefeitura dessa cidade. O atleta não tinha ferimentos e que não se envolveu em nenhum crime, segundo a polícia.

Ssekitoleko carregava seu documento de identidade. Ainda não está claro quem vai cuidar dele, a equipe de Uganda nos Jogos ou a embaixada.

A polícia deu o alarme na sexta-feira passada (16), depois que Julius Ssekitoleko não compareceu a um teste de covid-19 e também não foi encontrado em seu hotel.

O jovem de 20 anos acabara de descobrir que não poderia competir nas Olimpíadas de Tóquio, que começam nesta sexta-feira (23), em razão de uma questão de cota.

Ele deixou um bilhete em seu quarto pedindo que suas coisas fossem enviadas para sua família em Uganda, segundo as autoridades da cidade de Izumisano, onde a equipe está concentrada antes dos Jogos.

De acordo com a polícia, na terça-feira o atleta viajou para Nagoya, no centro do Japão, e depois para Gifu, e finalmente para Mie.

O jovem atleta recentemente ganhou o bronze no Campeonato Africano de Halterofilismo e tem experiência, apesar de sua juventude, disseram as autoridades esportivas de Uganda.

No Japão, estão previstas restrições de movimentos para todos os participantes dos Jogos, coincidindo com o agravamento da crise sanitária no país.

Os atletas devem passar por testes diários e seus movimentos são muito restritos, limitados a transferências entre suas acomodações, seus centros de treinamento e de competição.

Edição desafiadora

Diversos participantes e organizadores da Olimpíada de Tóquio, que começa nesta sexta, já classificaram esta edição do evento como particularmente difícil e desafiadora.

Um dos motivos é óbvio: ela acontece em meio à pandemia de coronavírus, que causou o adiamento do evento em 2020 e já tirou a vida de mais de 4 milhões de pessoas em todo o mundo.

Mas, como toda edição, esta Olimpíada já tem em seus bastidores confusões que não necessariamente têm a ver com a prática de esportes em si — como o sumiço de um atleta ugandês e acusações contra um artista que participaria da cerimônia de abertura.

Há mais de 70 casos confirmados de covid-19 de pessoas credenciadas ao evento.

Os primeiros casos de atletas com coronavírus na vila olímpica foram confirmados no último fim de semana: Thabiso Monyane e Kamohelo Mahlatsi, jogadores de futebol da África do Sul, e Mario Masha, analista de vídeo da equipe.

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