De acordo com informações divulgadas pela Organização das Nações Unidas (ONU), as forças de segurança da Venezuela estão enviando esquadrões da morte para assassinar homens jovens e forjar as cenas para parecer que as vítimas resistiram à prisão. O documento foi divulgado pela chefe de Direitos Humanos, Michelle Bachelet.
Números do governo mostraram que as mortes atribuídas a criminosos que resistiram à prisão chegaram a 5.287 no ano passado e a 1.569 até 19 de maio deste ano. Ainda de acordo com o relatório da ONU, muitas delas parecem ter sido execuções extrajudiciais.
O texto disse ainda que os assassinatos são parte de uma estratégia do governo de Nicolás Maduro que visa a “neutralizar, reprimir e criminalizar oponentes políticos e pessoas críticas do governo”, o que foi acelerado desde 2016.
A ONU também divulgou uma resposta por escrito do governo venezuelano às suas conclusões. No parecer, o governo classificou o relatório como uma “visão seletiva e abertamente parcial” sobre a situação dos direitos humanos no país e argumentou que a ONU contou com “fontes que carecem de objetividade” e que ignorou informações oficiais.
