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Operação Lava-Jato apura repasse de 6 milhões de reais de pecuarista amigo de Lula a empresário

(Foto: Banco de Dados)

A 27ª fase da Operação Lava-Jato identificou mais um beneficiário do esquema de corrupção na Petrobras: o empresário paulista Ronan Maria Pinto, dono do Diário do Grande ABC. Segundo o MPF (Ministério Público Federal), ele recebeu R$ 6 milhões de um empréstimo fraudulento que o pecuarista José Carlos Bumlai – amigo do ex-presidente Lula – obteve junto ao Banco Schahin em outubro de 2004. Ronan foi preso na manhã desta sexta-feira (01) pela Polícia Federal.

Bumlai admitiu ter feito o empréstimo, que totalizou R$ 12 milhões, e disse que o objetivo era pagar dívidas de campanha do PT e fazer caixa dois. Investigadores ainda não confirmaram quem foi o destinatário final dos outros R$ 6 milhões.

O empréstimo foi pago por meio da contratação fraudulenta do grupo Schahin como operador do navio-sonda Vitória 10.000, pela Petrobras, em 2009, ao custo de US$ 1,6 bilhão. O procurador Diogo Castor afirmou que não se sabe ainda por que Ronan recebeu R$ 6 milhões.

Ao detalhar a operação, o procurador afirmou que o objetivo era entender o caminho do dinheiro. Segundo ele, o esquema era muito parecido com o que ocorria no mensalão. Empréstimos fraudulentos, que não eram pagos aos bancos, foram usados para financiamento político. “Não é o mesmo esquema, são esquemas inter-relacionados”, afirmou.

Deflagrada nesta sexta-feira, a 27ª fase da Lava-Jato, chamada de Carbono 14, cumpriu 12 mandados judiciais em São Paulo, Carapicuíba, Osasco e Santo André. Além de Ronan, foi preso o ex-secretário-geral do PT Silvio Pereira, conhecido como Silvinho. O ex-tesoureiro do PT Delúbio Soares e o jornalista do site Opera Mundi Breno Altman foram alvos de mandatos de condução coercitiva.

O empresário paulista Ronan Maria Pinto (Foto: Folhapress)

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