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Operação Lava-Jato revela que ex-tesoureiro do PT Delúbio Soares recebeu dinheiro de dirigente da CUT

Entre os anos de 2010 a 2012, Delúbio recebia uma quantia que equivalia a 3.990 reais mensais. (Foto: Ed Ferreira/AE)

Uma empresa que pertence a um ex-diretor da CUT (Central Única dos Trabalhadores) e que recebeu recursos do Instituto Lula foi a principal fonte de renda do ex-tesoureiro do PT Delúbio Soares no período pós-mensalão. Segundo dados da quebra de sigilo do ex-tesoureiro, nos anos de 2007 a 2013, ele recebeu um total de 235,4 mil reais da Mil Povos Consultoria Ltda., que está no nome de Kjeld Jakobsen, ex-secretário municipal de São Paulo, ex-diretor da central sindical e atual diretor da Fundação Perseu Abramo, que é ligada ao PT.

Entre os anos de 2010 a 2012, Delúbio recebia uma quantia que equivalia a 3.990 reais mensais. Os dados estão em documento anexado a inquérito da 27 fase da Operação Lava-Jato, na qual ele foi alvo de mandado de condução coercitiva.

A Mil Povos Consultoria já tinha aparecido em outra quebra de sigilo da Lava-Jato, que abordava as finanças do Instituto Lula, investigado na 24 fase da operação. De 2012 a 2014, a empresa de Jakobsen esteve na lista de beneficiários de pagamentos da entidade do ex-presidente, com um total recebido de 162,5 mil reais.

Nos registros formais da empresa, consta sua atividade como “consultoria em gestão empresarial”. A quebra de sigilo mostra que os pagamentos continuaram quando Delúbio já tinha sido julgado pelo Supremo Tribunal Federa no mensalão. (Folhapress)

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