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Operação ligada à Lava-Jato investiga esquema de corrupção em Furnas

Ele foi chamado para falar sobre a Operação Cui Bono, que investiga um esquema de fraudes na Caixa Econômica Federal. (Foto: AFP)

A Polícia Civil deflagrou, na manhã desta quinta-feira (08), uma operação no Rio de Janeiro e em São Paulo que investiga indícios de corrupção em contratos firmados pela empresa de geração de energia Furnas, mais precisamente na compra de ações da hidrelétrica Serra do Facão. O deputado federal cassado Eduardo Cunha (PMDB-RJ) estaria envolvido nas fraudes.

A ação, que está ligada à Lava-Jato, foi batizada como Barão Gatuno, referindo-se ao termo usado no século XIX para quem enriquecia de forma irregular a partir do envolvimento com agentes públicos. Os agentes cumprem 25 mandados de busca e apreensão no Rio de Janeiro e oito em São Paulo.

A investigação das autoridades partiu de informações obtidas no termo de colaboração do ex-senador Delcídio do Amaral. Como um dos envolvidos é o ex-deputado federal Eduardo Cunha, que perdeu o foro privilegiado, a investigação ficou a cargo da Delegacia Fazendária da Polícia Civil do Rio.

A ação conta com a participação de cerca de 120 agentes que buscam, principalmente, documentos que demonstrem as fraudes em Furnas. A investigação se baseou na compra, por parte de Furnas, da totalidade das ações da Serra do Facão Participações após mudança na legalização proposta por Cunha.

Segundo as investigações, no ano de 2007, Furnas possuía 49,9% das ações da Serra do Facão, sendo o restante de posse do Fundo de Participações Oliver Trust Servicer e outras empresas. Neste mesmo ano, Furnas desistiu da preferência de compra da totalidade das ações devido ao impedimento legal, já que empresas ligadas à Eletrobrás não poderiam ter participação majoritária em sociedades que tivessem concessão ou autorização de geração de energia. (AG)

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