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Operações de crédito voltam ao nível de 2014

Quedas são brutais nas operações com pessoas físicas e jurídicas. (Foto: Marcos Santos/USP Imagens)

Nem os bancos se esforçam para emprestar a clientes em situação financeira mais apertada nem os clientes com perfil conservador querem tomar empréstimos. É o que mostra a nota de maio de política monetária e crédito do Banco Central, com números reveladores do estrago que a recessão impôs aos financiamentos bancários. Os indicadores apontam para forte recuo do crédito, cujos saldos totais chegaram, no mês passado, a apenas 52,4% do PIB (Produto Interno Bruto), recuo de 2,1 pontos percentuais em relação a dezembro (quando atingiu 54,5%), retroagindo a níveis de dois anos atrás.

Quando se leva em conta a queda do PIB, o tombo é ainda maior. O saldo total de 3,14 trilhões de reais, em maio, foi 2,3% inferior ao de dezembro e apenas 0,1% maior que o de abril, nos dois casos muito abaixo da inflação. Os novos empréstimos (concessões) aumentaram em relação a abril, mas caíram 8,8% no ano comparativamente a igual período de 2015 e 6,1% em 12 meses, de 302,4 bilhões de reais para 286,2 bilhões de reais.

As quedas são brutais tanto nas operações com pessoas físicas como jurídicas, mas estas lideram o recuo. Desde março, os saldos de empréstimos para pessoas jurídicas têm sido inferior aos saldos para pessoas físicas, o que revela o estreitamento dos negócios. (AE)

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