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Oposição pedirá afastamento de Eduardo Cunha da presidência da Câmara dos Deputados e obstruirá sessões

O objetivo é impedir a votação do pedido de cassação no plenário em agosto (Foto: Sérgio Lima/Folhapress)

Os líderes oposicionistas definiram que atuarão em duas frentes para forçar o afastamento de Eduardo Cunha (PMDB-RJ) da presidência da Câmara dos Deputados. A decisão é que haverá recursos externos, à PGR (Procuradoria-Geral da República) e ao STF (Supremo Tribunal Federal), pedindo o impedimento dele no cargo, além da obstrução dos trabalhos na Câmara enquanto o deputado estiver presidindo as sessões.
Até poucos dias atrás, vários partidos de oposição ainda atuavam como aliados do peemedebista, mas após as manobras regimentais orquestradas por Cunha para impedir a ação do Conselho de Ética, na quinta-feira, esse apoio ruiu. Apoiado por fiéis escudeiros, inclusive no PT, ele conseguiu adiar a leitura do relatório preliminar que acata a denúncia de quebra de decoro parlamentar e pode resultar na sua cassação.
O PPS ingressará, na terça-feira, com mandado de segurança no Supremo pedindo o afastamento de Cunha, sob a alegação de que ele se utiliza do cargo para evitar as investigações.
A Rede Sustentabilidade decidiu que, também na terça-feira, irá entrar com representação na PGR contra Cunha pedindo que seja solicitado à Corte o afastamento dele da presidência da Câmara. O partido avaliou que seria melhor acionar a PGR antes do STF para evitar que uma decisão monocrática de algum ministro da Corte enterrasse a possibilidade de afastamento. (AG)

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