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Oposição usa despedida de Lula a Dilma em cartazes pró-impeachment no plenário

O deputado Fernando Francischini (SD-PR) exibe cartaz de "Tchau, querida" (Foto: Gabriel Mascarenhas/Divulgação)

Dezenas de cartazes onde se lê “Tchau, querida” passaram a ser vistos com frequência no plenário da Câmara dos Deputados, durante a discussão do processo de impeachment da presidenta Dilma Rousseff neste sábado (16). A mensagem se juntou a outros dos bordões como “Fora PT” e “Impeachment já”, favoritos de parlamentares da oposição, e faz referência a uma conversa entre a Dilma e o ex-presidente Luiz Inácio Lula da Silva.

Em março, em áudio divulgado pelo juiz federal Sérgio Moro no âmbito da Operação Lava-Jato, Dilma diz que encaminharia a Lula o “termo de posse de ministro”. No final, o ex-presidente se despede com o “tchau, querida”. Os investigadores interpretaram o diálogo como uma tentativa de Dilma de evitar uma eventual prisão de Lula.

Lula foi nomeado ministro da Casa Civil dias depois de ser alvo de uma das fases da Lava-Jato e o aumento da temperatura da crise política, mas teve a sua posse suspensa por decisão liminar (provisória) do ministro Gilmar Mendes. Caso se tornasse ministro, o ex-presidente passaria a ter foro privilegiado nas investigações e só poderia ser julgado pelo STF (Supremo Tribunal Federal).

A nomeação do ex-presidente para a Casa Civil deve voltar a ser discutida pelo plenário do STF no dia 20. Do outro lado, parlamentares de siglas favoráveis à permanência de Dilma, como PT e Psol, exibem cartazes de “Não vai ter golpe” e “Impeachment sem crime é golpe”.

A sessão plenária que irá votar a abertura do processo de impeachment foi aberta às 8h55min de sexta-feira (15). Houve manifestação da acusação e da defesa e, agora, representares dos partidos políticos fazem o uso do palanque. Alguns dos deputados tiveram os seus discursos interrompidos com gritos de “não vai ter golpe” e “vai ter impeachment”. A votação da continuidade do processo de impeachment está marcada para às 14h deste domingo (17). (Folhapress) 

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