Já está nas mãos do relator, o deputado Marlon Santos (PDT), a proposta orçamentária do Executivo gaúcho para 2017, prevendo um déficit de R$ 2,97 bilhões. Encerrado o prazo para emendas, foram protocoladas 394 sugestões de deputados para modificação no projeto de lei encaminhado pelo governador José Ivo Sartori à Assembleia Legislativa.
Marlon, experiente na relatoria – é a quarta vez que assume o relatório da lei orçamentária – tem até o dia 9 de novembro para concluir o seu trabalho e levá-lo à votação em plenário. Um detalhe importante está na distribuição das despesas: a segurança pública, com reajuste de 18,6% nas verbas para custeio, o que inclui diárias de servidores, combustíveis e manutenção de viaturas, será a única área a obter aumento no orçamento. As despesas com pessoal consumirão 70,9% de todo o Orçamento de 2017.
Aliados e traidores
O discurso externo do Palácio do Planalto é o de que será buscado um diálogo com cerca de 20 deputados da base que votaram com a oposição contra a PEC 241, que limita o teto dos gastos públicos à inflação do ano anterior nos próximos 20 anos. Na realidade, estes dissidentes serão tratados como “traidores” que podem ser punidos com retirada de cargos, emendas e redução drástica de espaço no governo.
Indignação seletiva
A decisão do presidente Michel Temer de levar a primeira-dama, Marcela, na viagem oficial à China e Japão recebe críticas seletivas de setores da mídia. Diferentemente das viagens oficiais do ex-presidente Lula, onde sua amiga íntima Rosemary Noronha participou de 13 compromissos no exterior, com direito, em alguns casos, a hospedagem nas embaixadas do Brasil.
Avaliação da nova estratégia
O vice-prefeito Sebastião Melo (PMDB) produziu dois movimentos importantes na estratégia de campanha no segundo turno em Porto Alegre: os ataques diretos ao adversário Marchezan Júnior (PSDB) e uma presença mais forte do ex-senador Pedro Simon ao seu lado. O resultado destas estratégias poderá ser percebido nas próximas pesquisas previstas para os próximos dias.
Candidatos pendurados
Chegam a 11 os candidatos que venceram as eleições no Rio Grande do Sul, mas estão aguardando decisões judiciais para a diplomação. Os casos de maior destaque estão em São Leopoldo, com Ary Vanazzi, e Gravataí, com Daniel Bordignon, ambos do Partido dos Trabalhadores. O TRE acolheu recursos contra suas candidaturas. Ambos aguardam o julgamento de recursos ao Tribunal Superior Eleitoral.