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Organização Mundial da Saúde pede prudência sobre a relação entre zika vírus e doença neurológica

Associação entre o vírus Zika e a síndrome Guillain Barré (foto) ainda não está comprovada cientificamente. Foto: Reprodução

A OMS (Organização Mundial da Saúde) pediu ontem prudência sobre a relação entre o vírus zika e a morte de três pessoas na Colômbia pela síndrome de Guillain-Barré. “Sim, vimos que foram registrados os óbitos. Mas queremos cautela”, afirmou em Genebra, na Suíça, o porta-voz do órgão, Christian Lindmeier. A possível relação do vírus com a síndrome ainda não foi comprovada pela ciência.

A Colômbia registra 22.612 contaminados pelo zika, entre eles 2.824 grávidas. Há também um forte aumento de Guillain-Barré, segundo o último boletim epidemiológico divulgado pelo Instituto Nacional da Saúde com dados até 30 de janeiro.

Conforme dados oficiais colombianos, a Guillain-Barré estaria relacionada a três mortes motivadas pela associação com o zika, que afeta a América Latina. Apenas em janeiro, quase 11 mil pessoas foram infectadas na Colômbia, segundo país mais afetado pelo vírus após o Brasil.

Embora, em geral, os sintomas do zika sejam leves, como febre baixa, dores de cabeça e articulares e erupções na pele, se suspeita que as grávidas possam ter bebês com microcefalia, doença que provoca danos irreparáveis na desenvoltura motora e cognitiva da criança.

Na sexta-feira, a ONU (Organização das Nações Unidas) pediu autorização de aborto em países atingidos pelo zika. Em janeiro, o governo colombiano recomendou aos casais que adiem a gravidez alguns meses.

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