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Os cientistas da Nasa vão estudar a estrutura do campo magnético da Terra nas áreas dos polos do planeta

Um dos lugares mais cotados para abrigar ETs de verdade são os mares gelados das luas Europa, de Júpiter e Encelado de Saturno. (Foto: Reprodução)

Os cientistas da Nasa vão estudar a estrutura do campo magnético da Terra nas áreas dos polos do planeta onde têm sido registradas ultimamente anomalias que ainda não têm explicação, inclusive o aumento local da densidade da atmosfera e falhas no funcionamento de meios de comunicação, informa o portal científico Science Alert.

A agência espacial estadunidense está planejando enviar três missões para o Polo Norte, uma das quais, chamada Cusp Region Experiment-2, vai realizar pesquisas da anomalia atmosférica. O objetivo das missões é entender mais de perto o que está acontecendo e investigar outras ocorrências estranhas no mesmo local – como a mancha inexplicável de atmosfera densa na cúspide polar.

“Um pouco mais de massa a 322 km de altitude pode não parecer grande coisa. Mas a mudança de pressão associada a esta maior densidade de massa, se ocorresse ao nível do solo, causaria um furacão contínuo mais forte do que qualquer coisa vista nos registos meteorológicos”, diz o físico espacial Mark Conde da Universidade do Alasca Fairbanks, o principal investigador da missão Cusp Region Experiment-2.

Estes fenômenos podem ameaçar as espaçonaves e satélites. Para além disso, a turbulência atmosférica afeta o funcionamento do GPS e dos meios de comunicação.

O objetivo da outra missão, Cusp Irregularities-5 (já iniciada), é a medição da turbulência atmosférica para aprender a distinguir a sua influência do funcionamento das ondas elétricas, que também são capazes de interromper o funcionamento dos meios de comunicação. No entanto, os dados preliminares mostram que a missão pode ter sido mal sucedida.

A terceira missão CHI tem como objetivo medir o fluxo de plasma e gases na cúspide polar – como eles aquecem, aceleram e interagem uns com os outros. Estas pesquisas ajudarão os cientistas a prever o comportamento do campo magnético nesta área para evitar falhas no funcionamento dos equipamentos quer terrestres, quer os que estão em órbita.

Avião “barrigudo”

Na última segunda-feira (25), o avião cargueiro Super Guppy da Nasa transportou a cápsula Orion para testes preliminares à missão lunar Artemis 1. O veículo partiu do Centro Espacial Kennedy, na Flórida, para a Estação Plum Book, no estado de Ohio, onde mais de 1,5 mil pessoas aguardavam a sua chegada. O modelo, desenvolvido para transportar equipamentos de grande porte, chamou a atenção, devido a seu design excêntrico, que exibe uma espécie de “barriga” na parte superior.

“Embora existam outras aeronaves capazes de suportar mais peso que o Super Guppy, muito poucas chegam perto de suas dimensões internas”, afirmou a Nasa. O avião foi comprado pela agência espacial norte-americana em 1997, em substituição a outro modelo idêntico, que integrou sua frota por mais de três décadas.

Após a entrega, a cápsula Orion será submetida a avaliações térmicas, similares às condições climáticas espaciais. Ela “estará sujeita a temperaturas extremas, variando de -250 a 300 graus Fahrenheit (cerca de – 121,1°C e 149° C), para replicar os voos dentro e fora da luz solar e sombra no espaço”, disse a Nasa.

Depois, será submetida a testes de compatibilidade eletromagnética por 14 dias. Isso “garantirá que os componentes eletrônicos da espaçonave funcionem corretamente quando operados ao mesmo tempo”, completou a agência.

Com o encerramento dessa etapa, a sonda retornará ao Centro Espacial Kennedy, para iniciar integrações com o foguete Space Launch System, que será usado na futura missão lunar norte-americana.

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