Ícone do site Jornal O Sul

Os democratas rejeitam tese de Trump e mantêm impeachment no Senado

Sete correligionários votam contra ex-presidente em julgamento que aconteceu em tempo recorde. (Foto: Official White House Photo/Shealah Craighead”

Os advogados de Trump denunciaram nesta segunda-feira (8) o processo de impeachment contra ele como um “teatro político” partidário, argumentando na véspera do julgamento do Senado que ele não tinha responsabilidade pelo ataque ao Capitólio – que deixou cinco mortos – e que julgar um ex-presidente era inconstitucional.

Os deputados democratas gerentes do impeachment responderam aos advogados do ex-presidente Donald Trump, rejeitando as alegações do republicano de que o julgamento, programado para começar nesta terça (9), é inconstitucional e que seu discurso não incitou os manifestantes no Capitólio em 6 de janeiro. Segundo eles, Trump foi responsável pelo ‘crime constitucional mais grave já cometido por um presidente’.

O briefing legal dos democratas foi uma resposta ao pedido da equipe Trump e é uma prévia dos argumentos que serão apresentados quando o julgamento começar na terça-feira (9). As alegações dos advogados, um documento de 78 páginas, é a defesa legal mais completa da conduta de Trump até o momento, e se baseia fortemente no desafio à constitucionalidade do impeachment de um ex-presidente, bem como de uma defesa da Primeira Emenda da retórica de Trump que levou ao motim – que procurou interromper a certificação final do Congresso da vitória de Joe Biden.

Mas, cientes de que precisam convencer apenas 34 dos 50 senadores republicanos a garantir a absolvição, os advogados de Trump também lançam sua defesa sob uma luz política – chamando o rápido esforço de impeachment o culminar de uma longa campanha democrata para marginalizar Trump.

Os nove gerentes de impeachment da Câmara apresentaram seus próprios argumentos em favor da condenação de Trump na semana passada, acusando-o de “uma traição de proporções históricas” ao promover a falsa alegação de que ele, e não o presidente Biden, venceu a eleição de novembro, então incitando a raiva entre seus apoiadores , convocando-os a Washington e finalmente direcionando-os ao Capitólio enquanto o Congresso se reunia para contar os votos eleitorais.

Sair da versão mobile