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Por Redação O Sul | 29 de outubro de 2018
Os economistas das instituições financeiras baixaram sua estimativa de inflação para este ano, ao mesmo tempo em que passaram a prever uma alta maior do PIB (Produto Interno Bruto) em 2018. As expectativas constam no boletim de mercado, também conhecido como relatório Focus, divulgado nesta segunda-feira (29) pelo BC (Banco Central).
Para o IPCA (Índice Nacional de Preços ao Consumidor Amplo), a inflação oficial do País, o mercado financeiro reduziu a previsão de 4,44% para 4,43% para este ano. A expectativa do mercado ainda segue pouco abaixo da meta de inflação, que é de 4,5% neste ano, e dentro do intervalo de tolerância previsto pelo sistema. A meta terá sido cumprida se o IPCA ficar entre 3% e 6% em 2018.
A meta de inflação é fixada pelo CMN (Conselho Monetário Nacional). Para alcançá-la, o Banco Central eleva ou reduz a taxa básica de juros da economia (Selic). Para 2019, os economistas das instituições financeiras mantiveram sua expectativa de inflação estável em 4,22%. A meta central do próximo ano é de 4,25%, e o intervalo de tolerância do sistema de metas varia de 2,75% a 5,75%.
Produto Interno Bruto
Para o crescimento do Produto Interno Bruto deste ano, a previsão do mercado financeiro avançou de 1,34% para 1,36% na semana passada. O Produto Interno Bruto é a soma de todos os bens e serviços produzidos no País e serve para medir a evolução da economia.
Para o ano que vem, a expectativa do mercado para expansão da economia foi elevada de 2,49% para 2,50%. Os economistas dos bancos não alteraram, porém, a previsão de expansão da economia para 2020 e para 2021 – que continuou em 2,5% para esses anos.
Taxa de juros
O mercado manteve estável em 6,50% ao ano a estimativa para a taxa básica de juros da economia, a Selic, ao final de 2018 – atual patamar e piso histórico. Para o fim de 2019, a expectativa do mercado financeiro para a Selic continuou em 8% ao ano. Deste modo, os analistas seguem prevendo alta dos juros no ano que vem.
Dólar
A projeção do mercado financeiro para a taxa de câmbio no fim de 2018 recuou de R$ 3,75 para R$ 3,71 por dólar. Para o fechamento de 2019, permaneceu estável em R$ 3,80 por dólar.
Balança comercial
Para o saldo da balança comercial (resultado do total de exportações menos as importações), a projeção em 2018 subiu de US$ 55,25 bilhões para US$ 56 bilhões de resultado positivo. Para o ano que vem, a estimativa dos especialistas do mercado para o superávit subiu de US$ 46 bilhões para US$ 48,2 bilhões.
Investimento estrangeiro
A previsão do relatório para a entrada de investimentos estrangeiros diretos no Brasil, em 2018, permaneceu em US$ 67 bilhões. Para 2019, a estimativa dos analistas continuou US$ 70 bilhões.