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Os Estados Unidos consultam aliados sobre o Afeganistão após formação de governo Talibã

O governo dos Estados Unidos quer aumentar a pressão internacional par que o Talibã cumpra o compromisso de permitir a saída dos afegãos que desejam abandonar o país.(Foto: Reprodução)

O secretário de Estado americano, Antony Blinken, consultará na Alemanha os aliados de Washington sobre a situação no Afeganistão após o anúncio do novo governo Talibã.

O chefe da diplomacia dos Estados Unidos saiu do Catar, onde visitou o principal centro de trânsito de refugiados afegãos, com destino a Alemanha, país em que visitará a base aérea americana de Ramstein, por onde passam milhares de pessoas que deixaram o Afeganistão.

Em Ramstein, Blinken se reunirá com o ministro alemão das Relações Exteriores, Heiko Maas, antes de um encontro virtual com os ministros de 20 países sobre a situação no Afeganistão.

O governo dos Estados Unidos quer aumentar a pressão internacional par que o Talibã cumpra o compromisso de permitir a saída dos afegãos que desejam abandonar o país. As conversações podem servir para coordenar uma resposta ao governo interino anunciado na terça-feira, formado por integrantes de linha dura do Talibã, incluindo um ministro do Interior procurado por Washington por terrorismo, e sem mulheres.

Washington expressou preocupação com a formação do governo, mas destacou que o julgará por suas ações. Aliados dos Estados Unidos criticaram a forma como o presidente Joe Biden concluiu a guerra de 20 anos no Afeganistão, que resultou na queda do governo apoiado pelas potências ocidentais.

Armin Laschet, candidato governista a suceder a chanceler alemã Angela Merkel, chamou a missão no Afeganistão como “o maior fiasco” na história da Otan. Blinken afirmou que Washington trabalhará com seus aliados para exercer pressão diplomática e econômica no Afeganistão após a retirada das tropas.

Em 2019, doadores estrangeiros liderados pelos Estados Unidos contribuíram com 75% dos gastos públicos do Afeganistão, um dos países mais pobres do mundo. A economia afegã se deteriorou ainda mais após o colapso do governo respaldado pelo Ocidente.

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