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Os Estados Unidos dizem estar preparados para novas ações contra o regime sírio

Nikki Haley, a embaixadora dos Estados Unidos na ONU. (Foto: Reprodução)

Horas após o ataque norte-americano à Síria, o governo de Donald Trump manteve o tom de ameaça e sinalizou que suas ações contra o regime de Bashar al-Assad não se encerraram com os mísseis lançados na madrugada dessa sexta-feira (noite de quinta em Brasília e Washington).

A embaixadora dos EUA na ONU (Organização das Nações Unidas), Nikki Haley, disse, em reunião extraordinária do Conselho de Segurança nessa sexta-feira (7), que seu país está preparado para novas ações contra Assad.

Horas depois, o secretário do Tesouro, Steven Mnuchin, disse que novas sanções serão aplicadas contra o país, mas não deu mais detalhes.

Na manhã de sexta-feira, o gabinete do ditador sírio classificou a ação militar como um “comportamento irresponsável e imprudente” e continuou negando que seja responsável pelo ataque com armas químicas que matou ao menos 80 pessoas, muitas delas crianças, no último no dia 4. Foi o ataque em Khan Sheikhun, cidade controlada por opositores de Assad, que motivou a retaliação norte-americana.

“Os EUA deram um passo muito comedido na noite passada. Estamos preparados para fazer mais, mas esperamos que não seja necessário”, afirmou Nikki, que teve um duro embate com sua contraparte russa, o embaixador Vladimir Safronov. Ela alega que o Kremlin, aliado de Assad, tem “responsabilidade considerável” sobre o ataque químico, seja por ter conhecimento e permitir que esse tipo de armamento ainda estivesse no país ou então por ter sido feito de “bobo” pelo presidente sírio.

Segundo teria afirmado um funcionário da Defesa à CNN, o Pentágono investiga se Moscou teve participação direta no ataque químico. Safronov, por sua vez, afirma que a “agressão americana” fortalecerá o terrorismo no país.

O secretário de Estado, Rex Tillerson, declarou que as ações futuras dos EUA na Síria serão “guiadas” pela reação de Assad, e o porta-voz da Casa Branca, Sean Spicer, disse que o presidente não revelará o que fará na Síria.

 

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