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Mundo Os Estados Unidos retiram parte dos diplomatas que atuam na Venezuela

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Guaidó se autodeclarou presidente interino. (Foto: Reprodução/Twitter)

O governo dos Estados Unidos ordenou nesta quinta (24) que seus funcionários diplomáticos “não-essenciais” deixem a Venezuela. O Departamento de Estado dos EUA não acatou a expulsão completa dos diplomatas do país, ordenada pelo ditador Nicolás Maduro, mas emitiu um “alerta de segurança”, que pede aos cidadãos norte-americanos que “considerem seriamente” deixar a Venezuela. As informações são do jornal Folha de S. Paulo.

O governo dos EUA não informou quantos funcionários seguem na Venezuela.

“Tomamos essa decisão com base em nossa avaliação atual da situação de segurança na Venezuela”, disse um porta-voz, observando que Washington não tinha intenção de “fechar” sua embaixada em Caracas.

Na quarta (23), Maduro rompeu relações com Washington e deu prazo de 72 horas para que os diplomatas dos EUA deixassem o país.

A decisão de Maduro veio após o presidente dos EUA, Donald Trump, dar apoio ao opositor Juan Guaidó, que se autodeclarou presidente encarregado da Venezuela. Trump classificou o ditador como “ilegítimo”.

O secretário de Estado, Mike Pompeo, disse que Maduro não tinha “autoridade legal” para tomar essa decisão e que o ditador é responsável pela segurança dos funcionários dos EUA.

“Não há maior prioridade para o Departamento de Estado do que manter seguras todas as pessoas de nossas missões”, disse Pompeo.

Reconhecimento estrangeiro

O Brasil, em conjunto com 12 países da região, reconheceu na quarta-feira (23) Juan Guaidó como presidente interino da Venezuela pouco depois de o deputado se proclamar presidente durante manifestação que reuniu milhares de pessoas em Caracas para protestar contra o ditador Nicolás Maduro.

“O Itamaraty acabou de emitir uma nota reconhecendo Juan Guaidó como presidente da Venezuela, e o Brasil, juntamente com os demais países do Grupo de Lima, que estão reconhecendo um a um esse fato, nós daremos todo o apoio político necessário para que esse processo siga seu destino”, disse o presidente Jair Bolsonaro em Davos, na Suíça, na quarta.

A decisão de passar a tratar o presidente da Assembleia Nacional da Venezuela como líder interino do país em substituição a Nicolás Maduro, no poder desde a morte de Hugo Chávez (1954-2013), foi tomada em uma reunião que durou 90 minutos com os presidentes Iván Duque (Colômbia) e Lenín Moreno (Equador), a vice-presidente peruana, Mercedes Aráoz, e a ministra das Relações Exteriores do Canadá, Chrystia Freeland.

Também participaram do encontro às margens do Fórum Econômico Mundial em Davos, onde estavam Bolsonaro e Duque, acadêmicos como o venezuelano Ricardo Hausmann, que leciona em Harvard e já defendeu em artigo a derrubada do regime, e Filippo Grandi, alto comissário da ONU para refugiados.

A reunião para tratar de Venezuela já estava marcada pelo menos desde o início da semana, mas os fatos acabaram se sobrepondo ao debate.

Pouco antes do encontro, Guaidó se colocou como presidente. Enquanto Bolsonaro, Duque e os demais alinhavavam uma posição conjunta, o americano Donald Trump declarou que os EUA reconheciam em Guaidó o presidente interino da Venezuela, dando início a um efeito dominó. Equador, Costa Rica, Argentina, Chile, Paraguai e Guatemala emitiram comunicados em seguida.

Dos 14 países que compõem o Grupo de Lima, criado para buscar uma solução para a crise venezuelana, apenas Guiana, Santa Lúcia e o México de Andrés Manuel López Obrador não apoiaram Guaidó. Bolívia e Rússia reafirmaram seu apoio a Maduro.

Em nota em redes sociais emitida logo após sua declaração com Duque, Bolsonaro explicou que o Brasil dará apoio econômico e político ao processo de transição para que a democracia e a paz voltem à Venezuela.

O Grupo de Lima já havia declarado que não reconhecia o novo mandato de Maduro, iniciado no dia 10 e resultante de eleições sob suspeita de fraude em maio passado, das quais grande parte da oposição foi impedida de participar e que não teve monitoramento internacional.

Mas a solução para o dilema parecia pouco clara. Trump e membros do governo colombiano chegaram a aventar uma ação militar, descartada pelos demais países e pelos militares americanos.

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https://www.osul.com.br/os-estados-unidos-retiram-parte-dos-diplomatas-que-atuam-na-venezuela/ Os Estados Unidos retiram parte dos diplomatas que atuam na Venezuela 2019-01-25
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