A redução de 0,5 ponto percentual na taxa Selic, anunciada na quarta-feira (30) pelo Copom (Comitê de Política Monetária) do Banco Central, é influenciada pela continuidade do processo de queda da inflação e pela recuperação lenta da economia, avalia a Fiergs (Federação das Indústrias do Rio Grande do Sul).
Porém, o presidente da entidade, Gilberto Porcello Petry, destaca que o corte dos juros precisa chegar às empresas, pois os acessos aos financiamentos de longo prazo ainda são escassos e têm custos elevados. “Os juros mais baixos são importantes para que a economia possa receber mais estímulos no sentido de retomada da atividade, mesmo que em um ritmo gradual”, disse.
Segundo Petry, a agenda de reformas estabelecida pelo governo federal deve ser mantida e ampliada para que a confiança dos investidores no País aumente. “A aprovação da reforma da Previdência revela um melhor e novo caminho à economia brasileira para o futuro, mas precisamos continuar avançando nas reformas tributária e administrativa”, enfatizou.
Com o novo corte, a Selic passou para 5%, o menor patamar em 30 anos. Essa foi a terceira redução seguida da taxa básica de juros da economia brasileira.